80% dos usuários de app de namoro querem ver beleza natural, diz estudo
Uma nova pesquisa, realizada pelo app de relacionamento Bumble, mostrou que 80% dos usuários preferem beleza natural, com fotos sem filtros, na hora de buscar um novo parceiro. Além disso, 83% das pessoas sentem uma grande pressão para corresponder aos padrões de beleza impostos pela mídia.
O levantamento foi feito em setembro deste ano, com mil entrevistados no Brasil com idades entre 18 e 43 anos. Os dados sugerem que os usuários estão buscando mais autenticidade no app de relacionamento, mas a falta de autoestima pode se tornar uma barreira para conexões genuínas.
Segundo o estudo, a pressão estética afeta especialmente as mulheres usuárias do aplicativo, com 71% delas admitindo que já modificaram a aparência para se adequar às expectativas impostas em relação à beleza. Para 59%, a exposição de “looks perfeitos” nas redes sociais aumenta a insegurança em relação à própria aparência.
No entanto, os homens também sentem o peso da cobrança: 61% deles relataram que enfrentam pressão estética.
Para Vanessa Lacerda, psicóloga e especialista em relacionamentos do Bumble, a falta de confiança afeta não apenas a autoimagem, mas também os relacionamentos.
“Os relacionamentos podem ser prejudicados quando os padrões de beleza das redes sociais minam a autoestima, gerando insegurança e uma busca incessante por validação”, afirma.
Por outro lado, 3 em cada 4 dos entrevistados (72%) dizem valorizar mais a personalidade, a autenticidade e os valores em comum do que a aparência física durante a paquera.
Além disso, 66% dos entrevistados disseram que o uso de filtros de beleza em fotos os deixa desconfiados em relação aos possíveis “matches”. Somado a isso, 75% afirmaram se sentir mais confortáveis quando a pessoa com quem se encontram pessoalmente é semelhante ao mostrado no perfil.
Especialista dá dicas de como encontrar autenticidade no app de namoro
Diante dos resultados da pesquisa, Lacerda dá dicas para se proteger das expectativas irreais sobre beleza e buscar mais diversidade e autenticidade. Uma delas é filtrar o feed das redes sociais para incluir perfis que valorizem todos os tipos de corpo, tons de pele e estilos.
“Essa mudança promove uma maior aceitação de si e contribui para desconstruir a narrativa prejudicial de que a beleza tem um único padrão”, afirma.
Além disso, a especialista sugere que a prática de exercícios físicos, meditação e rotinas de autocuidado podem ajudar a mudar o foco da aparência para as funções e capacidades do corpo, fortalecendo a relação positiva com ele.
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