Intenção de Consumo das Famílias no DF tem leve queda em setembro
Por Camila Coimbra
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A Intenção de Consumo das Famílias (ICF) é uma pesquisa que mede como os consumidores avaliam as condições de vida da família. Ela analisa pontos como a situação financeira atual, possibilidade de fazer compras parceladas, emprego, renda doméstica, segurança e a expectativa sobre a economia no futuro.
De acordo com o levantamento da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), divulgado em setembro, a Intenção de Consumo das Famílias no Distrito Federal (ICF/DF) caiu 2,2% em comparação ao mês anterior.
Nos últimos treze meses, a ICF/DF vinha em expansão, passando por um período de estabilidade entre março e maio. Em agosto, alcançou o melhor resultado do ano, com 108,1 pontos. Em setembro, no entanto, houve uma pequena queda, e o índice fechou em 107,8 pontos.
Mesmo com essa queda, o índice de setembro mantém o DF 7,8 pontos acima do nível de satisfação e 4,7 pontos acima da média nacional, que está em 103,1 pontos.
Na comparação mês a mês, o único indicador que apresentou crescimento foi o de emprego atual, com alta de 0,2% e um crescimento anual de 6,7%. Os demais indicadores apresentaram queda:
Perspectiva profissional: queda de 5,9%, mas com crescimento anual de 70,8%;
Aquisição de bens duráveis: queda de 2,7%, com crescimento anual de 14,2%;
Condições de acesso ao crédito: queda de 2,5%, com crescimento anual de 22,4%;
Nível de consumo atual: queda de 1,9%, com crescimento anual de 5,3%;
Perspectiva de consumo: queda de 1,5%, com uma retração anual de 7,7%;
Renda atual: queda de 0,9%, mas com crescimento anual de 33,1%.
O maior destaque negativo na análise mensal foi o indicador de Perspectiva Profissional, com queda de -5,9%, mostrando que este quesito ao apresentar crescimento anual de 70.8% inicia um processo de desaceleração ou estabilização.
“Assim, considerando o nível de endividamento, a inadimplência, a retomada da majoração das taxas de juros que restringirão o acesso ao crédito, o desafio para o resultado econômico do corrente ano será o consumo das famílias, que deve entrar nesse último trimestre em acentuada desaceleração, e certamente exigirá muita criatividade e ousadia do setor de comércio e serviços”, analisa o presidente do Sistema Fecomércio-DF, José Aparecido Freire.