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Oitiva de Gérard Depardieu em caso de assédio sexual ocorre nesta segunda-feira

O ator francês Gérard Depardieu deve ser julgado nesta segunda-feira (28) pela suposta agressão sexual de duas mulheres em um set de filmagem em 2021, embora seus advogados tenham dito que buscariam um adiamento devido a problemas de saúde.

Os promotores dizem que as supostas agressões ocorreram durante as filmagens de “Les Volets Verts” (The Green Shutters).

Em uma declaração por e-mail à Reuters, o advogado de Depardieu, Jeremie Assous, disse que o ator apresentará testemunhas e evidências que “demonstram que ele é alvo de falsas acusações”.

Uma das maiores estrelas de cinema da França, Depardieu tem estado no centro de um número crescente de alegações de agressão sexual nos últimos anos que mancharam seu legado.

Depardieu, 75, negou consistentemente qualquer irregularidade.

Seu julgamento marca o caso #MeToo de mais alto perfil a ser levado aos tribunais na França, um país onde o movimento de protesto contra a violência sexual contra mulheres lutou para ganhar força na indústria cinematográfica e expôs divisões mais amplas sobre conduta sexual.

Os promotores acusam Depardieu de apalpar uma das mulheres no set de filmagem, puxando-a em sua direção e prendendo-a com suas pernas antes de tocar sua cintura, quadris e seios enquanto dizia palavras obscenas. Três pessoas testemunharam a cena, eles dizem.

A segunda mulher foi apalpada por Depardieu no set e na rua, alegam os promotores.

O advogado de Depardieu disse que Depardieu não compareceria à audiência desta segunda-feira por motivos de saúde, mas queria se defender e que a equipe de defesa buscaria um adiamento.

“Ele deseja estar presente, mas sua saúde o proíbe”, disse Assous à Reuters.

Em resposta ao crescente número de alegações contra ele, Depardieu escreveu no ano passado no jornal conservador Le Figaro: “Eu nunca, nunca abusei de uma mulher. Machucar uma mulher seria como chutar minha própria mãe no estômago.”

Se for considerado culpado, ele pode enfrentar uma potencial sentença de cinco anos de prisão e uma multa de 75.000 euros.

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