Homem-bomba utilizou música viral de 2016 antes de explosões no STF
Antes de detonar explosivos em frente ao STF, na noite da última quarta-feira (13/11), Francisco Wanderley Luiz publicou um edit nas redes sociais. Para ilustrar o vídeo, o homem-bomba escolheu a música Unstoppable, de Sia, viral de 2016.
Nas imagens, ele aparece com uma taça de vinho na mão, enquanto a edição vai alterando a forma como a imagem aparece. Além disso, há efeitos de explosão e fogo em alguns momentos. Confira o vídeo:
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Em tradução livre, a canção de Sia significa “imparável”. Na letra, a cantora fala sobre “enganar esta cidade/ Eu farei isso até o sol se pôr”. Em outro momento, ela fala sobre vestir uma “armadura” e mostrar “o quão forte eu sou”, além de repetir que é imparável, invencível, poderoso e que ganha todos os jogos.
A palavra “jogos”, inclusive, foi utilizada pelo homem-bomba em um de seus posts, em que ele afirmava que “os jogos só acabariam no dia 16/11”. Outra parte da música que se confunde com a história de Francisco é “você nunca verá o que está escondido/ escondido lá no fundo”, já que ele escondeu outros artefatos, que foram encontrados pela polícia.
Diretor-geral da PF diz que “há outras mensagens de ameaça ao STF”
O diretor-geral da Polícia Federal (PF), Andrei Rodrigues, revelou nesta quinta-feira (14/11), um dia após o atentado terrorista com uso de explosivos na Praça dos Três Poderes, que teve acesso a novas mensagens de ameaça ao Supremo Tribunal Federal (STF), enviadas por outras pessoas.
“Recebi hoje, não sei se o envio [das mensagens] foi hoje, mas a informação que tenho é de que há novas ameaças ao STF”, declarou ele, durante entrevista coletiva na sede da PF, em Brasília.
O ato cometido por Francisco Wanderley Luiz, de 59 anos, que se matou, após jogar bomba contra o STF, é investigado, até o momento, como ato terrorista e de abolição violenta do estado democrático de direito.
Até então, acredita-se que ele agiu sozinho, mas a investigação segue no sentido de colher elementos e novas informações sobre o caso. Pessoas da família de Francisco disseram que ele esteve em Brasília no início de 2023, nos dias em que ocorreu o 8 de Janeiro.
A PF ainda não consegue dizer se ele participou, de fato, das manifestações que acabaram com a invasão das sedes dos três poderes, mas avalia que a ação desta quarta é uma influência de grupos extremistas que seguem ativos no país.