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Em meio à crise política, Estados Unidos suspendem parceria estratégica com Geórgia

O Departamento de Estado dos Estados Unidos disse neste sábado (30) que suspendeu parceria estratégica com a Geórgia. A medida foi tomada depois que o partido governista Sonho Georgiano suspendeu as negociações do país para aderir à União Europeia.

“Condenamos a força excessiva usada contra os georgianos que protestam legitimamente contra essa traição à sua constituição – a UE é um baluarte contra o Kremlin”, escreveu o porta-voz do Departamento de Estado, Matthew Miller, na rede social.

“Portanto, suspendemos nossa parceria estratégica com a Geórgia.”

Policiais de choque atuam enquanto apoiadores da oposição da Geórgia participam de manifestação em frente ao prédio do Parlamento em Tbilisi, Geórgia • 29/11/2024 REUTERS/Irakli Gedenidze

Entenda a crise na Geórgia

A Geórgia, país do cáucaso e uma ex-república soviética, tem testemunhado uma onda de protestos depois que o primeiro-ministro, Irakli Kobakhidze, anunciou na semana passada que o país abandonou as negociações de adesão à União Europeia.

Na sexta-feira (29), mais de 100 pessoas foram presas durante as manifestações na capital Tbilisi após a declaração do premiê.

A presidente da Geórgia, Salome Zourabichvili, é pró-ocidente e favor das negociações. Neste sábado (30), ela afirmou que não deixará o cargo quando o mandato terminar em dezembro em protesto contra o que chamou de “Parlamento ilegítimo”.

Zourabichvili afirma que as últimas eleições parlamentares do país, que aconteceram em outubro, foram uma ”farsa” e uma ”operação especial da Rússia” para colocar o partido Sonho Georgiano.

A legenda é acusada de ser pró-Rússia e de ter manipulado as eleições parlamentares em benefício próprio.

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