Dia Mundial de Combate à Aids: A importância do diagnóstico precoce
Neste domingo (1º), Dia Mundial de Combate à Aids, a Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) destaca a oferta de testes disponíveis à população. Em qualquer uma das 176 unidades básicas de saúde (UBSs), é possível realizar o exame e, em caso de infecção, o paciente é encaminhado imediatamente para tratamento.
“Diagnóstico e tratamento precoces formam uma estratégia crucial na prevenção de novos casos de infecção pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV) e de adoecimento por aids”, aponta a gerente de Vigilância de Infecções Sexualmente Transmissíveis (Gevist) da SES-DF, Beatriz Maciel Luz.
A especialista reforça que viver com HIV não é a mesma coisa que ter aids, pois pode ocorrer a contaminação sem o desenvolvimento da doença, caracterizada pelo enfraquecimento do sistema imunológico. Ainda assim, iniciativas como o uso de preservativos em todas as relações continuam sendo indicadas.
“Com a detecção precoce e o início imediato do tratamento, o benefício é tanto individual – no qual a pessoa infectada pode controlar o HIV e não adoecer – quanto coletivo, pois o indivíduo em tratamento permanecerá com uma carga viral tão baixa no organismo que se impossibilita a transmissão”, explica a gerente.
Acolhimento
A coordenadora de Atenção Primária à Saúde (Coaps) da SES-DF, Sandra França, destaca o atendimento oferecido para quem busca a testagem nas UBSs. “Muitas barreiras, como o medo e o estigma, são quebradas por meio de um acolhimento humanizado e informações claras. Fazer o teste é um ato de coragem e amor próprio, que permite acessar o tratamento rapidamente, caso o resultado seja positivo”, lembra.
Os pacientes diagnosticados são encaminhados às policlínicas e ao Centro Especializado em Doenças Infecciosas (Cedin). Na rodoviária do Plano Piloto, também há a Unidade de Testagem, Aconselhamento e Imunização (Utai), especializada no diagnóstico do HIV e de outras infecções sexualmente transmissíveis (ISTs).
A oferta de tratamento permitiu reduzir o número de pessoas com aids no DF: eram 260 em 2020, 253 em 2021, 229 em 2022 e 223 em 2023. Os dados da SES-DF mostram ainda uma constância no número de pessoas com HIV: eram 815 em 2019 e 811 em 2023. Os quantitativos constam na mais recente atualização do boletim epidemiológico divulgado pela pasta. Já neste ano, os dados registrados de janeiro a novembro mostram 727 pessoas com HIV e 136 com aids.
Entre as terapias disponibilizadas pela SES-DF, estão também a Profilaxia Pré-Exposição ao HIV (PrEP) – indicada a pessoas que vivem em situação de maior vulnerabilidade ao HIV – e a Profilaxia Pós-Exposição ao HIV (PEP), para casos de contato com o vírus: relações sem proteção, casos de violência sexual ou acidentes ocupacionais, especialmente para profissionais de saúde, tanto da rede pública quanto da privada. Mais informações estão disponíveis no site da SES-DF.
*Com informações da Agência Brasília