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Há indicadores da economia brasileira que mostram desequilíbrio no crescimento, diz economista ao WW

O crescimento econômico do Brasil tem apresentado números positivos, mas especialistas alertam para possíveis desequilíbrios que podem afetar o futuro do país.

Em entrevista ao WW desta terça-feira (3), a economista Silvia Matos, coordenadora do Boletim Macro do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre), destacou a importância de olhar além do presente e considerar as perspectivas de longo prazo.

A preocupação é que, sem o aumento da capacidade produtiva, o crescimento acima do potencial da economia possa gerar pressões inflacionárias e outros desequilíbrios. Isso poderia levar a medidas corretivas, como o aumento das taxas de juros, que acabam por frear o próprio crescimento econômico.

“É muito importante a gente aumentar essa capacidade produtiva, porque a gente pode crescer, ter números mais próximos de 3% e sem gerar inflação, sem gerar ruídos e efeitos negativos no médio e longo prazos, como agora com a subida de juros”, explica.

A economista ressalta que a composição do crescimento atual é diferente da observada no ano passado, quando setores como agropecuária e indústria extrativa, considerados muito produtivos, impulsionaram a economia.

“No ano passado, setores como a agropecuária, a indústria extrativa, setores que são muito produtivos, foram muito positivos para a economia, muito a demanda externa, menos a demanda doméstica”, pontua.

Atualmente, o cenário é distinto. “Hoje nós temos uma economia muito puxada pela demanda doméstica, pelo consumo. E nós vimos os números de consumo crescendo muito acima do PIB”, alerta a coordenadora do FGV Ibre.”Esse é um sinal de que a economia não tem condições de gerar essa manutenção do crescimento”, acrescenta.

Para a economista, esse crescimento não sustentável pode levar a um aumento da inflação, prejudicando principalmente as pessoas de baixa renda.

“Nós temos que pensar não só no momento, no passado e no presente, mas no futuro”, conclui Matos.

 

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