Política

Comissão do Senado aprova indicados para diretorias do Banco Central

A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado Federal aprovou, nesta terça-feira (10/12), a indicação dos três nomes apresentados pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para assumirem diretorias no Banco Central (BC). Com a aprovação no colegiado, os nomes ainda precisam da aprovação no plenário da Casa, o que deve ocorrer ainda nesta terça.

A sabatina acontece no mesmo dia em que o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC se reúne para iniciar o debate a respeito do valor da taxa básica de juros, a Selic, para os próximos 45 dias.

A taxa Selic atual é de 11,25% ao ano e o mercado financeiro espera uma alta no índice. O percentual é constantemente alvo de críticas de membros do governo Lula, incluindo do próprio petista.

Foram sabatinados:

  • Gilneu Francisco Astolfi Vivan para a vaga de Otávio Ribeiro Damaso, na diretoria de Regulação;
  • Izabela Correa para a vaga de Carolina de Assis Barros, na diretoria de Relacionamento, Cidadania e Supervisão de Conduta; e
  • Nilton José Schneider David para a vaga de Gabriel Galípolo, na diretoria de Política Monetária.

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Izabela Correa foi indicada para uma vaga na diretoria do BC

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O economista Gilneu Vivan, indicado para a diretoria do BC

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Nilton David foi indicado para assumir a diretoria de Política Monetária do BC

Egberto Nogueira

Gilneu e Izabela foram indicados pelo presidente Lula para assumir os cargos em decorrência do término dos mandatos dos atuais diretores do Banco Central, que ocorre em 31 de dezembro de 2024.

Já Nilton foi escolhido pelo petista para substituir Galípolo, que teve o nome aprovado para assumir a presidência da instituição financeira a partir de 2025, com o fim do mandato de Roberto Campos Neto.

Nilton David, em pronunciamento, destacou o papel do Banco Central para garantir a estabilidade de preços no Brasil e a estabilidade do sistema financeiro.

“A diretoria do Banco Central tem condições, mandatos e instrumentos para entregar o objetivo fundamental de assegurar a estabilidade de preços, sem deixar deixar de zelar pela estabilidade do Banco Central e do sistema financeiro, e suavizar as flutuações do nível de atividade econômica”, disse o indicado para vaga de Galípolo.

Os embates entre petistas e a presidência do Banco Central foram acirrados ao longo do ano, especificamente em relação ao valor da alta taxa de juros praticada no país. Por outro lado, recentemente uma pesquisa Quaest indicou que o governo Lula é reprovado por 90% dos agentes do mercado financeiro. O petista, mais tarde, ironizou o levantamento.

Izabela respondeu a questionamentos sobre o quadro de funcionários do Banco Central. Segundo ela, a instituição ficou por um longo período sem realização de concurso público, o que causou um déficit nos recursos humanos dentro do BC.

“Existe, sim, uma questão, uma crise, eu quero dizer se eu chamaria de crise, de recursos humanos, quando o Banco Central ficou por um longo período sem realizar concurso, a sua estimativa de servidores hoje, eu acho que está bastante abaixo da necessária e do esperado da expectativa que o Banco Central tem, e existe também a necessidade de avançarmos em relação ao fortalecimento orçamentário e institucional do banco central do Brasil”, explicou a indicada para assumir a diretoria de Relacionamento, Cidadania e Supervisão de Conduta.

Com a aprovação dos três nomes, Lula terá sete indicados nas diretorias do BC, sendo apenas dois remanescentes do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

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