Lula teve AVC? Entenda diferença para caso médico do presidente
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi submetido a uma craniotomia no hospital Sírio-Libanês, na unidade de São Paulo, na madrugada desta terça-feira (10/12). Logo após a notícia, surgiram boatos que o presidente teria passado por um acidente vascular cerebral (AVC).
Liderada pelos médicos Ricardo Kalil e Ana Helena Germoglio, a equipe que acompanha a saúde de Lula esclareceu que a hemorragia intracraniana ocorreu entre o cérebro e a meninge, embaixo de uma membrana chamada dura-máter.
“Todas as funções neurológicas estão preservadas”, afirmou o médico Roberto Kalil Filho, durante coletiva de imprensa na manhã desta terça-feira (10/12) no Hospital Sírio-Libanês em São Paulo.
Também explicou que a razão da hemorragia era um hematoma formado na cabeça do presidente desde o dia 19/10 após o acidente doméstico que ele teve no Palácio da Alvorada.
O AVC, é um evento médico grave que também se caracteriza por sangramento intracraniano. A diferença é que ele ocorre no cérebro devido a obstrução de um vaso, o chamado acidente vascular isquêmico, ou ruptura de um vaso, conhecido por acidente vascular hemorrágico. O AVC pode deixar sequelas, prejudicando funções neurológicas.
No caso de Lula, o sangramento ocorreu na dura-máter, uma cartilagem que protege o cérebro de impactos, ou seja, não houve consequências para a região onde estão os neurônios. Segundo relatos da equipe que atendeu o presidente, era como se ele estivesse com um galo invertido pressionando sua cabeça.
“Não tem machucado no cérebro. Fizemos esse procedimento para que o hematoma não comprima o cérebro, para que o cérebro fique livre de qualquer lesão”, detalhou o médico Ricardo Kalil.
Procedimento para conter o sangramento
O procedimento ao qual o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi submetido, no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, é chamado de trepanação e durou cerca de 2 horas.
Os médicos explicaram que a trepanação é feita com a perfuração do crânio, por meio de orifícios pequenos. Trata-se de um procedimento padrão em cirurgias neurológicas. A cicatrização, nesses casos, é espontânea.
A cirurgia foi realizada na noite de segunda-feira (9/12) e, de acordo com os médicos, foi bem-sucedida. O presidente está estável e sem sequelas.
A princípio, o chefe do Executivo ficará internado na UTI por, pelo menos, mais 48 horas.
O médico Roberto Kalil disse que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não tem “sequela alguma” em decorrência da cirurgia. A expectativa da equipe médica é dar alta ao petista no começo da próxima semana.
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