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Governo confirma desembarque de deportados dos EUA em Fortaleza

O governo brasileiro definiu que o segundo voo com deportados dos Estados Unidos pousará em Fortaleza (CE), na sexta-feira (7), às 15h.

A decisão partiu do Ministério das Relações Exteriores (MRE) com o governo americano. A chancela foi durante reunião na tarde desta terça-feira (4). A CNN mostrou que os órgãos estudavam essa sugestão e iriam definir de forma integrada.

A Polícia Federal fará a conferência dos passageiros, a análise da lista, sobre eventuais mandados de prisão, e controle migratório. As questões assistenciais ficarão a cargo do Ministério dos Direitos Humanos, com a Operação Acolhida.

Anteriormente, o plano inicial era que o avião parasse em Belo Horizonte (MG), conforme o primeiro, que teve 88 brasileiros deportados.

A medida, porém, foi alterada a pedido da Presidência da República para evitar que os brasileiros fiquem algemados já dentro do Brasil, como no voo passado.

O número de deportados nesse segundo voo será informado pelas autoridades americanas ao governo brasileiro na noite desta quarta (5).

Essa mudança implica em outros fatores, como a ida de Fortaleza a outras cidades dos deportados e também o acolhimento, que havia sido definido em Belo Horizonte para receber os brasileiros.

Este será o segundo grupo que retorna desde o início da gestão de Donald Trump à frente da Casa Branca. O presidente dos Estados Unidos adotou o procedimento de algemar todos os deportados durante o voo de volta à nação dos imigrantes, mesmo os que não cometeram crimes.

Na chegada do primeiro voo no Brasil, as autoridades brasileiras foram surpreendidas com o processo de algemar os imigrantes. Assim que pousou em Manaus (AM), o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, determinou a retirada dos itens.

Em nota, o Ministério da Justiça afirmou que a tentativa de manter o grupo algemado foi um “flagrante desrespeito aos direitos fundamentais dos cidadãos brasileiros”.

Já o Ministério das Relações Exteriores (MRE) considerou “inaceitável” o episódio e diz que os brasileiros foram tratados de forma “degradante”. Segundo a autoridade brasileira, essa situação viola um acordo firmado com o país norte-americano em 2018.

“O governo brasileiro considera inaceitável que as condições acordadas com o governo norte-americano não sejam respeitadas. O Brasil concordou com a realização de voos de repatriação, a partir de 2018, para abreviar o tempo de permanência desses nacionais em centros de detenção norte-americanos, por imigração irregular e já sem possibilidade de recurso”, dizia a nota.

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