Brasil terá presidente e primeiro-ministro?

Surpreendente a velocidade como avançou. No sábado (1º), quando o Congresso se reuniu para eleger os novos presidentes da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), os deputados Luiz Carlos Hauly (Podemos-PR) e Lafayette de Andrada (Republicanos-MG) apresentaram uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) para alterar o sistema de governo do Brasil.

A PEC propõe acabar com o presidencialismo e adotar o semipresidencialismo, na verdade o modelo de parlamentarismo adotado por países como Portugal e França. Nesse modelo, o presidente da República passa a ser somente chefe de Estado. E o governo, de fato, o poder Executivo, passa a ser exercido por um primeiro-ministro com um Conselho de Ministros, um gabinete, formado por parlamentares.

Ou seja, presidente mais fraco e Congresso ainda mais forte. A PEC precisava do apoio de 171 parlamentares para começar a tramitar. Na quarta-feira (5), já tinha o apoio de 178. Por que andou tão rápido? E quais as chances de avançar agora? É o que explica Rudolfo Lago no JBrNews de hoje.