Animais vítimas de incêndios florestais começam a voltar à natureza em SP
Animais silvestres, vítimas dos incêndios no interior de São Paulo desde agosto, estão sendo reintroduzidos em seus habitats naturais após um processo de reabilitação. Nesta semana, um tamanduá-mirim foi solto na região de Ribeirão Preto. Os animais resgatados são levados para centros de triagem e reabilitação, onde recebem tratamento veterinário e cuidados intensivos.
Apesar dos devastadores incêndios que atingiram o interior de São Paulo desde agosto, uma história de esperança e resiliência vem sendo escrita. Animais silvestres, vítimas das chamas, estão sendo resgatados, cuidados e, agora, devolvidos à natureza.
Desde o início das queimadas, 94 animais foram resgatados. Cerca de 53 morreram, dois foram reabilitados e devolvidos ao seu habitat e o restante continua em tratamento.
A jornada de recuperação desses animais é complexa. Muitos deles sofrem queimaduras graves, desidratação e outros problemas de saúde. Para garantir o atendimento a todos os animais vítimas dos incêndios, o governo de São Paulo criou uma rede de atendimento composta por 26 unidades espalhadas pelo estado. Essas unidades são responsáveis por receber, triar e reabilitar os animais, além de promover ações de educação ambiental.
Símbolo da resistência
Um dos casos mais emocionantes é o de Bentinho, um tamanduá-mirim que foi encontrado com queimaduras nas patas e desidratado. Após um mês de cuidados intensivos, ele foi solto em uma área de preservação ambiental e demonstrou um comportamento afetivo. Veja imagens de antes e depois do atendimento.
Assim que saiu da caixa de transporte, Bentinho subiu em uma árvore e olhou para baixo em direção a seus cuidadores como se estivesse agradecendo.
“O que nos deixou mais emocionados foi observar que ele continua com o mesmo comportamento selvagem que antes”, revelou o zootecnista Alexandre Gouvêa, responsável pelos cuidados de Bentinho.