Brasilia

Anta ferida é resgatada em meio a queimadas no Parque Nacional de Brasília


Uma anta foi resgatada no Parque Nacional de Brasília no fim da tarde desta quarta-feira (18) por brigadistas do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). O animal estava com queimaduras em razão do fogo na reserva e foi encaminhado para o Hospital da Fauna Silvestre do Distrito Federal (HFaus), onde passará por atendimento especializado.

Ela foi encontrada em uma das regiões atingidas pelo fogo e estava imóvel dentro da mata de galeria que fica próxima ao Córrego Bananal, perto da Granja do Torto. Na área em que a anta foi encontrada, onde o Jornal de Brasília acompanhou o trabalho dos brigadistas, o incêndio ainda continua de maneira subterrânea. Confira os registros:

Veja vídeo do resgate feito pela equipe do ICMBio:

Combate aos incêndios subterrâneos

De acordo com o comandante operacional do Corpo de Bombeiros Militar do DF (CBMDF), coronel Pedro Aníbal, a preocupação é com dois principais focos de incêndio subterrâneo em atividade. Este é um dos tipos de queimadas mais difíceis de se combater.

“O nosso trabalho se resume ao resfriamento desses pontos e à vigilância para evitar que haja novas propagações do incêndio. O incêndio subterrâneo é um dos mais difíceis porque não vemos o local onde o fogo está queimando. Não existem chamas. Vemos pontos de fumaça, mas sabemos que ali naquela região tem um incêndio subterrâneo”, explicou o coronel.

O incêndio subterrâneo se espalha a partir do material orgânico presente principalmente em matas de galeria – próximas a cursos d’água. O combustível nesta situação está acumulado no solo e nas raízes das árvores, que também são consumidas. Por isso, é comum que muitas árvores caiam. Abaixo do chão, forma-se uma espécie de estufa, mantendo o calor e a baixa umidade constantes.

A técnica utilizada no combate ao fogo subterrâneo consiste no resfriamento da área, jogando bastante água, e revirando o solo. Confira o trabalho realizado pelo Corpo de Bombeiros Militar do DF e pelos brigadistas do ICMBio:


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