Câncer colorretal: saiba quais são os principais sinais da doença
O câncer colorretal, também conhecido como câncer de intestino, é um dos tipos mais comuns e graves da doença, afetando principalmente o cólon e o reto. A condição costuma se desenvolver a partir de pólipos no revestimento do intestino, e os sintomas muitas vezes passam despercebidos nas fases iniciais.
Segundo a oncologista Marcela Crosara, do Hospital DF Star, o tumor no intestino tem sido cada vez mais comum no Brasil. “Ele é a segunda neoplasia mais frequente entre homens e mulheres, e os fatores de risco são excesso de carne vermelha, alcoolismo e tabagismo, hábitos muito praticados entre brasileiros”, disse em entrevista anterior ao Metrópoles.
A médica explicou que, se não tratado, o câncer de intestino pode bloquear o intestino do paciente e, em questão de meses, causar a morte. “Por isso sempre chamo a atenção para o exame de colonoscopia, que pode prevenir e detectar precocemente o tumor e, logo, aumentar as chances de cura”, pontuou.
Sintomas do câncer colorretal
Segundo o Manual MSD, os sintomas dependem da localização da lesão, do tipo, da extensão e das complicações. Em entrevista anterior ao Metrópoles o oncologista Nilson Correia, da Oncoclínicas Brasília, afirmou que quando os sinais começam a surgir, em geral são inespecíficos. “Quando o tumor produz vários sintomas associados, muitas vezes já está em uma fase mais avançada”, explicou.
Os sinais mais comuns e incomuns da doença, segundo os especialistas, são:
- Alterações do hábito intestinal, por exemplo, diarreia ou constipação de início recente;
- Presença de sangue nas fezes;
- Cólicas abdominais persistentes;
- Dor ao evacuar e sensação de evacuação incompleta;
- Redução do apetite;
- Anemia;
- Perda de peso sem causa aparente;
- Fadiga;
- Alteração no aspecto das fezes, que podem passar a ser mais finas;
- Vômito, caso o câncer evolua e comece a bloquear o intestino.
Fatores de risco e como prevenir
Os principais fatores de risco para o desenvolvimento do câncer colorretal incluem uma dieta rica em carne vermelha e processada, consumo excessivo de álcool, baixa ingestão de frutas e fibras, idade a partir dos 50 anos, obesidade, sedentarismo e tabagismo.
Fatores hereditários, como histórico familiar de câncer colorretal e polipose adenomatosa, também aumentam o risco. Doenças inflamatórias intestinais crônicas, como colite ulcerativa e doença de Crohn, e diabetes tipo 2 são outras condições que podem contribuir para o surgimento da doença.
Como prevenir:
- Praticar exercícios físicos regularmente;
- Não fumar;
- Não ingerir bebidas alcoólicas;
- Evitar alimentos defumados, enlatados ou embutidos;
- Reduzir o consumo de alimentos com corantes/e ou conservantes;
- Manter uma dieta rica em fibras e com pouca gordura de origem animal;
- Remover pólipos no intestino, caso diagnosticados pela colonoscopia, que é indicada a todos os indivíduos acima de 45 anos;
- Iniciar o rastreamento precoce da doença para indivíduos que tem histórico familiar.
Como é feito o diagnóstico
De acordo com o Ministério da Saúde, o diagnóstico precoce do câncer colorretal é possível por meio de uma série de exames clínicos, laboratoriais, endoscópicos ou radiológicos em pacientes que apresentam sintomas suspeitos. Também é recomendável que pessoas assintomáticas, mas pertencentes a grupos de risco, realizem exames preventivos.
“Quando o câncer é diagnosticado cedo, o tratamento é cirúrgico com chances reais de cura para o paciente”, avaliou a oncologista Janyara Teixeira de Souza e Silva, da Rede D’Or, em entrevista anterior ao Metrópoles. No entanto, quanto mais avançada a doença, menor a chance de remissão do tumor, mesmo quando a cirurgia ainda é possível.
O rastreamento para identificar tumores no cólon e no reto é feito principalmente por meio de dois exames: a pesquisa de sangue oculto nas fezes e as endoscopias, como a colonoscopia e a retossigmoidoscopia.
Siga a editoria de Saúde no Instagram e fique por dentro de tudo sobre o assunto!