Câncer de mama: a luta continua no pós-tratamento em busca de vida plena e digna
O enfrentamento do câncer de mama é uma jornada que ultrapassa o diagnóstico e o tratamento imediato. Para muitas mulheres, a fase de pós-tratamento representa um desafio complexo, onde o apoio médico, familiar e psicológico é fundamental para garantir uma recuperação integral e uma qualidade de vida digna. Para a mastologista Karimi Amaral, o fim das sessões de quimioterapia ou radioterapia não marca o término da luta. Em vez disso, é o início de uma fase de adaptação e cuidado contínuo. “O pós-tratamento é uma fase de reconstrução, não só física, mas emocional e social”, explica a especialista.
Para pacientes que passaram por cirurgias, como a mastectomia e a reconstrução mamária, o pós-tratamento pode envolver a adaptação a uma nova imagem corporal e lidar com possíveis limitações físicas. “A fisioterapia torna-se essencial para recuperar a mobilidade e aliviar as dores e incômodos decorrentes do tratamento. Além disso, o suporte psicológico auxilia na superação de questões emocionais, como ansiedade, medo de recidivas e, muitas vezes, baixa autoestima”, acrescenta.
A importância da conscientização sobre o câncer de mama também se estende ao pós-tratamento. “Campanhas informativas que incentivam o diálogo sobre a continuidade do cuidado são fundamentais para que a sociedade compreenda que o apoio às mulheres não deve cessar quando elas saem do hospital. A inclusão do tema em conversas com mulheres de todas as idades é vital para criar uma cultura de acolhimento e solidariedade, onde o enfrentamento do câncer é visto como um processo coletivo”, opina.
Outra questão relevante é o acompanhamento periódico após o tratamento. “Precisamos olhar para essas mulheres de forma completa e oferecer um cuidado que contemple todas as esferas de suas vidas”, frisa Karimi. Ela ainda reforça a é importante que as pessoas de todas as idades estejam informadas sobre a importância do cuidado com o câncer de mama, o que fortalece o apoio e solidariedade às pacientes. “Esse tipo de compreensão ajuda as mulheres a encontrarem na sociedade um ambiente de acolhimento e respeito, onde o período de recuperação possa ser vivido com tranquilidade e dignidade,” finaliza a mastologista.