Cerâmica, ABS, a disco: quais os tipos de freios e quais as vantagens deles
Com o passar dos anos, os carros estão ficando mais potentes. Hoje, há modelos 1.0 turbinados com potência que passa dos 120 cavalos.
Com uma maior cavalaria, os freios também precisam de uma capacidade melhor. No mercado, existem inúmeros tipos de freios e diferentes formas de uso.
Os freios a disco, por exemplo, têm como elemento principal discos de ferro fundido ou cerâmica ligados diretamente à roda do veículo. A frenagem é feita pelo contato das pastilhas de freio com o disco, que por sua vez provoca a desaceleração das rodas.
“O disco de freio é acoplado ao eixo do carro, enquanto as pastilhas são conectadas às pinças ligadas à suspensão do automóvel”, explica o coordenador de Assistência Técnica e Garantia da Fras-le, Leandro Leite.
Veja abaixo alguns tipos de freios e como são usados:
1. Freio a tambor
O sistema é composto por um tambor fixado à roda, onde sapatas de freio entram em contato com sua superfície interna.
“Quando o motorista aciona o freio, as sapatas, revestidas com lona em sua superfície de contato, são pressionadas contra tambor, gerando atrito e reduzindo a velocidade do veículo”, explica Leite.
2. Disco cerâmico
Os discos de freio cerâmicos são resistentes à altíssimas temperaturas de trabalho, sendo indicados para sistemas de alta performance em veículos superesportivos que exigem mais dos freios. Por conta de sua eficiência, o preço é bem elevado.
“Por isso, esse tipo de disco é utilizado exclusivamente em veículos superesportivos”, destaca o especialista.
3. Disco ventilado
Segundo explicação de Leandro Leite, o disco ventilado tem uma estrutura mais complexa, usado comumente, nos eixos dianteiros da maioria dos veículos ou até em eixos traseiros de SUVs e veículos de maior potência.
Ele recebe este nome por ter uma ventilação interna entre suas pistas de frenagem, que permite a passagem de ar, responsável pelo resfriamento da peça. Assim, ele resfria mais rápido e tem uma melhor perfomance.
Freio ABS
No passado, apenas veículos mais caros contavam com módulos de ABS. Hoje, porém, essa tecnologia passou a ser obrigatória para os carros novos, no Brasil, fabricados a partir de janeiro de 2014.
O ABS evita o travamento das rodas nas frenagens mais bruscas. A tecnologia funciona por meio de atuadores, sensores e módulos eletrônicos. “Um dos principais indicadores de que o ABS foi acionado em uma frenagem é a trepidação no pedal do freio. Isso ocorre porque o sistema força o pedal de volta para aliviar a pressão da frenagem, em um curto espaço de tempo”, detalha o coordenador da Fras-le.