Céu de setembro terá eclipse parcial da Lua e passagem de “cometa do século“
Os observadores do céu noturno podem se preparar para o mês de setembro, pois será possível conferir um eclipse lunar parcial e a passagem do cometa C/2023 A3 (Tsuchinschan-ATLAS), além de diversas conjunções celestes.
No dia 17 de setembro, além de uma Superlua cheia — que ocorre quando a Lua se encontra no perigeu, o ponto mais próxima da Terra de sua órbita –, também ocorre um eclipse lunar parcial. Ou seja, um pequeno pedaço do nosso satélite ficará “escondido” pela sombra da Terra.
Embora este tipo de fenômeno seja visto a olho nu, o eclipse parcial deste mês não deve ser tão perceptível assim, pois tem previsão de afetar apenas 0.08% da superfície da Lua.
Na última semana de setembro também será possível avistar a passagem do cometa C/2023 A3 (Tsuchinschan-ATLAS), que foi apelidado de possível “cometa do século” por seu potencial em aparecer muito brilhante no céu noturno.
O cometa atinge seu ponto mais próximo do Sol em 27 de setembro, mas o período de melhor observação deve ocorrer em outubro, conforme ele se aproxima da Terra.
Outra boa oportunidade para aqueles que amam contemplar o céu noturno é chance de ver os planetas Saturno e Netuno em oposição ao Sol neste mês.
A oposição ocorre quando a Terra fica entre o Sol e o planeta, formando uma linha reta. Este é o melhor momento para observar o planeta em questão, que costuma ficar mais brilhante que o normal.
Além disso, também teremos conjunções celestes, que ocorrem quando dois ou mais corpos celestes aparecem bem próximos no céu — uma ilusão de ótica, já que eles seguem separados por milhares de quilômetros no espaço.
Geralmente as conjunções são observáveis a olho nu, e costumam render belas fotos astronômicas.
Veja abaixo os principais fenômenos astronômicos do mês de junho, de acordo com o guia de efemérides astronômicas do Observatório do Valongo, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
- 1/9: Conjunção entre Lua e Mercúrio na constelação de Leão. Os astros estarão muito próximos do horizonte oeste, durante o crepúsculo, antes do amanhecer.
- 5/9: Conjunção entre a Lua e Vênus antes do anoitecer, direção oeste, na constelação de Virgem. Nos dias 04 e 05, Lua, Vênus e a estrela Spica formarão belo trio celeste.
- 7/9: Saturno em oposição com o Sol. O planeta poderá ser visto durante toda a noite na constelação de Aquário.
- 17/9: Conjunção entre a Lua e Saturno no começo da noite, direção leste, na constelação de Aquário. Além disso, a Lua Cheia em evento de Superlua e poderá ser vista durante toda a noite na constelação de Aquário. Também ocorre um eclipse lunar parcial, que poderá ser visto em todas as Américas na transição da noite do dia 17 para o dia 18. O eclipse será, entretanto
muito tênue, com a Lua sendo encoberta em apenas 0.08%. - 20/9: Netuno em oposição com o Sol. O planeta poderá ser visto (com uso de pequenos telescópios em céus escuros) durante toda a noite na constelação de Áries.
- 22/9: Equinócio de primavera no hemisfério sul (começo da primavera) às 09h43.
- 23/9: Conjunção entre a Lua e Júpiter na metade da noite, direção leste, na constelação de Touro.
- 25/9: Conjunção entre a Lua e Marte no começo da madrugada, direção leste, na constelação de Gêmeos.
- 27/9: Periélio do cometa C/2023 A3 (Tsuchinschan-ATLAS). Este astro estará visível, por meio de binóculos e possivelmente a olho nu, em céus escuros, na última semana do mês, quando irá transitar pela constelação de Sextante, direção leste.
O guia de efemérides astronômicas é produzido desde 2016 pelo Observatório do Valongo, da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), e traz os principais fenômenos que podem ser vistos no céu noturno a cada ano.
Com o objetivo de resgatar o interesse pela contemplação celeste, o material lista mês a mês quais corpos celestes estarão visíveis e qual a melhor forma de procurá-los. Além de trazer explicações simples sobre astronomia.
O guia completo, com mapas do céu, pode ser baixado gratuitamente aqui.
Confira aqui aplicativos de astronomia para ajudar a localizar e acompanhar os fenômenos astronômicos no céu noturno.
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