Citi rebaixa recomendação para ações dos EUA e aumenta da China
O Citi rebaixou sua recomendação de investimento nos Estados Unidos para neutra, ao mesmo tempo que aumentou a classificação para ativos chineses, agora classificados como overweight, ou seja, com recomendação de compra.
O relatório de Estratégia Macro Global publicado na segunda-feira (10) reforçou a avaliação do banco de que a hegemonia norte-americana “está pausando”.
Apesar de indicar que essa visão ainda não está totalmente implementada, o Citi avalia que os sinais sobre este movimento “estão ficando mais claros”.
O banco afirmou que dois de seus modelos dispararam um “aviso de cautela” sobre os EUA na sexta-feira (7) e segunda.
A instituição citou o mercado de trabalho dos EUA, além de mudanças na economia promovidas pela gestão de Donald Trump.
“Este pode ser o último relatório forte de emprego, com os cortes do DOGE, as demissões voluntárias e a economia mais fraca entrando em ação”, pontuou.
A economia norte-americana encerrou fevereiro com um desemprego ainda baixo, em 4,1%, enquanto criou 151 mil vagas de emprego.
Os resultados, apesar de positivos, sinalizaram uma alta inicial da taxa de desemprego e desaceleração na geração de empregos.
Do outro lado do mundo, os ativos chineses fazem “uma boa triagem, mesmo após o rali”.
O Citi explicou que não havia se concentrado anteriormente nas ações da China por conta do risco das tarifas de Trump à economia do gigante asiático.
Mas, abstraindo desta questão, o Citi chamou atenção para o setor de tecnologia da China, com foco nos avanços de plataformas de inteligência artificial (IA) no país.
Além do caso da DeepSeek, que mexeu com as estruturas de IA de gigantes do ocidente, o banco norte-americano também ressaltou o lançamento de plataformas da Tencent (IA Hunyuan) e da Alibaba (QwQ-32B).
O banco ainda apontou a proximidade do presidente chinês Xi Jinping ao setor, “provavelmente percebendo que na atual situação geopolítica, é de suma importância ser capaz de competir com os EUA em pé de igualdade na arena de IA – o que é igualmente improvável de acontecer se o setor privado não tiver espaço para manobrar”.
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