Política

CNU: Justiça mandou reintegrar candidatos eliminados por erro

Com o adiamento da divulgação dos resultados, que sairia nesta quinta-feira (21/11), o Concurso Nacional Unificado (CNU) segue com uma judicialização ainda em curso. Ainda não foi informado oficialmente novo cronograma, mas ele será impactado por essa decisão.

Em 6 de novembro, a Justiça Federal determinou à União e à Fundação Cesgranrio que sejam canceladas as eliminações dos candidatos do CNU que não preencheram a “bolinha” do cartão de respostas que identificava o tipo de gabarito.

Se confirmada, a decisão, da 2ª Vara Federal Cível da Seção Judiciária do Tocantins, vai beneficiar milhares de concurseiros do Distrito Federal e do restante do país.

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Ministra Esther Dweck
O presidente Lula (PT) ao lado da ministra da Gestão e Inovação no Serviço Público, Esther Dweck, que liderou a realização do CNU.
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Além disso, outro problema citado foi a ausência de ferramentas acessíveis, já que foi oferecido apenas um bloco de notas em vez do Word

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Ministra Esther Dweck

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O presidente Lula (PT) ao lado da ministra da Gestão e Inovação no Serviço Público, Esther Dweck, que liderou a realização do CNU.

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Lula, durante pronunciamento na sala de situação da Dataprev, em Brasília

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Presidente Lula e ministra Esther Dweck

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Presidente Lula e ministra Esther Dweck na sala técnica de acompanhamento do Concurso Público Nacional Unificado

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Lula elogiou trabalho dos técnicos do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos

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CNU: candidatos que não preencheram cartão de respostas foram eliminados

Logo após a aplicação do certame, em 18 de agosto, o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) comunicou a eliminação de candidatos que não preencheram todo o campo de identificação no cartão de respostas da prova (a chamada “bolinha”).

O CNU contou com cadernos de prova de várias versões, com ordens diferentes, para evitar que alunos colassem. O candidato, então, tinha que identificar o seu caderno pintando uma bolinha referente ao número do gabarito e escrevendo uma frase que estava na capa.

Muitos candidatos não preencheram a bolinha de maneira correta e foram eliminados. Eles, porém, alegam que os fiscais de aplicação das provas orientaram que bastava escrever a frase para identificar o gabarito.

Se cumprida, essa determinação exigirá da banca responsável pelo certame, a Fundação Cesgranrio, e do ministério responsável pela organização, o MGI, um esforço de nova correção, pois as provas desses candidatos foram desconsideradas. O governo recorreu da decisão.

Caso esses candidatos sejam reintegrados, eles vão entrar na concorrência e novas notas de corte deverão ser divulgadas. Essa atualização deverá exigir tempo adicional para correção das redações e novo prazo para envio de documentos da prova de títulos.

O “Enem dos Concursos”

Inspirado no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), o CNU seria aplicada em 5 de maio. Mas, às vésperas das provas, em 3 de maio, o governo federal anunciou o adiamento do concurso unificado em todo o Brasil devido ao estado de calamidade pública no Rio Grande do Sul.

As provas do “Enem dos Concursos” foram aplicadas em dois turnos (manhã e tarde) em 228 municípios no dia 18 de agosto. Cerca de 970 mil candidatos fizeram o exame. Com isso, o CNU tornou-se o maior concurso da história do país.

Com menos de 1 milhão de participantes, do total de 2,1 milhões de inscritos, a taxa de abstenção do Concurso Unificado foi de 54,12%.

O CNU ofertou 6.640 vagas, distribuídas em 21 órgãos da administração pública federal direta, autárquica e fundacional. Segundo o último cronograma, os aprovados passariam por cursos de formação já em dezembro de 2024 e seriam convocados para a posse dos cargos a partir de janeiro de 2025.

As vagas foram divididas em oito blocos temáticos:

  • Bloco 1 – Administração e Finanças Públicas (744 vagas)
  • Bloco 2 – Setores Econômicos, Infraestrutura e Regulação (580 vagas)
  • Bloco 3 – Agricultura, Meio Ambiente e Desenvolvimento Agrário (538 vagas)
  • Bloco 4 – Educação, Ciência, Tecnologia e Inovação (971 vagas)
  • Bloco 5 – Políticas Sociais, Justiça e Saúde (1.008 vagas)
  • Bloco 6 – Trabalho e Previdência (370 vagas)
  • Bloco 7 – Dados, Tecnologia e Informação (1.737 vagas)
  • Bloco 8 – Nível Intermediário (692 vagas)

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