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Como a Indigo está transformando os estacionamento…

O futuro dos estacionamentos já começou a ser desenhado. No Brasil, quem lidera a inovação no setor é a Indigo, líder global em gestão de estacionamentos com atuação em 10 países. Responsável por atender entre 8 e 10 milhões de pessoas mensalmente em seus  mais de 300 estacionamentos no Brasil, a empresa tem feito uma aposta forte na digitalização, na personalização da experiência do usuário e na utilização de ferramentas de inteligência artificial (IA) para ganhar eficiência, prevendo a demanda e adaptando estratégias de ocupação e de ofertas de serviço.

Marcelo Nunes, vice-presidente executivo da Indigo Brasil, conta que a empresa investiu 3 milhões de reais para trazer uma ferramenta de IA ao Brasil que já está em operação nos aeroportos de Fortaleza, Curitiba e Goiânia.

Como a IA é utilizada nos estacionamentos

A IA é capaz de combinar uma ampla gama de informações — como dados históricos de ocupação, tráfego, previsão do tempo, horários de chegada e partida de voos em aeroportos e eventos na cidade. Esses dados são processados para prever a demanda futura, ou seja, estimar o fluxo de veículos e a taxa de ocupação esperada em um estacionamento específico. 

“Com isso é possível trabalhar a vacância, a disponibilidade e calibrar a tarifa, ou seja, é possível fornecer para os usuários melhores tarifas ou tarifas adequadas ao seu perfil de utilização”, explica o executivo. Ele conta que antes de implementar a tecnologia no Brasil, visitou o Canadá, onde a IA já é utilizada no aeroporto de Toronto. “ O Canadá e o Brasil são pioneiros nessa tecnologia”.

No aeroporto de Fortaleza o uso da tecnologia foi responsável por aumentos de 25% na receita digital do estacionamento por vários meses consecutivos e há casos casos em que o incremento chegou a 39%, segundo Nunes.

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Para os usuários, o aplicativo oferece serviços adicionais, como o agendamento, por exemplo. “A parte digital tem relação maior com a reserva de vagas feitas de forma online, pelo site ou pelo aplicativo”, diz.

 Além do uso intenso de inteligência de dados, o futuro dos estacionamentos, segundo Nunes, passa pela conexão com o cliente. “Nossa responsabilidade é fazer com que os estacionamentos atendam à demanda dos nossos clientes. É fazer o básico bem feito. Depois, olhando para frente, esses estacionamentos, eles precisam ser espaços que sirvam a esses usuários”, diz.

A visão da empresa para o futuro inclui a transformação dos estacionamentos em verdadeiros hubs de mobilidade, explorados para serviços adicionais. Isso envolve a implementação de bicicletários, vestiários, serviços de manutenção e oferta para carregamento rápido de veículos elétricos. “Estamos falando de espaços que não apenas atendem à demanda por vagas, mas que também oferecem serviços que tragam conveniência, gerem resultados para nossos contratantes e ampliem a mobilidade urbana,” diz o executivo. O uso da tecnologia também amplia a oportunidade para publicidades  mais direcionadas e customizadas de acordo com o perfil do cliente, o que pode ser bastante atrativo no caso de centros comerciais.

A Indigo planeja expandir o uso de sua ferramenta de IA para outros  aeroportos e setores, como shoppings, parques e hospitais. “Estamos em tratativas com diversos concessionários para implementar essa tecnologia em novas unidades”, diz. A meta é levar a solução a shopping centers e estacionamentos onde a Indigo gerencia, como o do Parque Ibirapuera, Zoológico e do Jardim Botânico, em São Paulo.

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