Política

Como Will Smith entrou no relatório da PF sobre trama do golpe

O senador Marcos do Val (Podemos-ES) usou a técnica do filme Golpe Duro, com o ator Will Smith, para “manipular a mídia” no caso que recebeu uma proposta para fazer uma gravação que incriminasse o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.

A revelação foi feita em uma conversa com a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP). Do Val foi um dos citados no relatório da Polícia Federal (PF) sobre a trama golpista.

O ex-deputado deferal Daniel Silveira teria chamado Marcos do Val para uma reunião com Bolsonaro, na qual lhe seriam dadas as condições para gravar Moraes, como a oportunidade e os meios técnicos. Os fatos vieram a público em 1° de fevereiro de 2023, quando o senador disse que foi coagido pelo ex-presidente.

Logo depois, o senador disse que a proposta partiu do ex-deputado Daniel Silveira. Em conversa com Zambelli, Do Val disse ter feito isso para chamar a atenção da mídia para a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro, onde mostraria provas contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o então ministro da Justiça, Flávio Dino, atual ministro do STF.

Marcos do Val conversa PF – Metrópoles

“O Senador Marcos do Val alega ter utilizado uma estratégia chamada Reação de Goche. Em consulta em fontes abertas, consta que a “Reação de Goche” é frequentemente associada a técnicas de manipulação e priming subliminar, comumente discutidas em estudos sobre influência subconsciente. No contexto de influência subliminar, palavras, números ou imagens podem ser apresentadas rápida e repetidamente, o que ativa associações na mente do observador sem que ele esteja consciente disso. Ele cita e sugere à Deputada que assista ao filme Golpe Duplo, com o ator Will Smith, onde é demonstrada a utilização da técnica.

No filme o personagem NICKY, interpretado por WILL SMITH utiliza uma técnica semelhante para “programar” mentalmente uma pessoa, fazendo-a escolher o número 55. Durante o dia, ele expõe a pessoa repetidamente ao número 55, através de vários estímulos visuais e auditivos — desde placas até diálogos, de forma que, ao final, a escolha parece ser do próprio alvo, mas na verdade foi manipulada”, diz relatório da PF.

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