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COP29: incertezas marcam o início da segunda semana de negociações

Muitas incertezas ainda circulam pelos corredores da COP29, no Azerbaijão. O tempo parece correr em uma velocidade diferente das negociações. Cada nação veio à Baku disposta a defender seus interesses. Lideranças estiveram frente a frente nas mesas de negociações e apresentaram suas propostas. Discutiram, negociaram, cederam em algumas partes e outras não. Um rascunho do acordo que no início tinha 33 páginas e incluía uma série de questões, algumas demandas mais amplas, foi modificado. Reduzido para 25 páginas, até o momento.

Para muitos entendidos no assunto, não vai ser tarefa fácil. As negociações estão avançando de uma forma muito lenta. O sucesso da COP29 deste ano, depende de os países chegarem a um acordo sobre uma nova meta anual de financiamento. Isso implica no envolvimento de vários atores: países ricos, em desenvolvimento e o setor privado.

Estima-se que os países em desenvolvimento precisam de, pelo menos, US$ 1 trilhão por ano, até o final da década para enfrentar as mudanças climáticas. Há quem diga, que esse, é um número muito difícil de ser alcançado.

Líder da ONU pressiona G20 por apoio ao clima

O principal representante climático da ONU, Simon Stiell, fez um apelo, por meio de uma carta, aos líderes dos G20 que estarão reunidos no Rio de Janeiro. Pediu para que os representantes, das maiores economias do mundo, enviem um sinal de apoio aos esforços globais de financiamento do clima. Segundo ele, desta forma, haverá um impulsionamento nas negociações da COP29.

“O G20 da próxima semana deve enviar sinais globais absolutamente claros”, afirmou Simon Stiell, secretário executivo da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, em sua carta.

Stiell destacou que os representantes do G20 devem apoiar o aumento de doações e empréstimos. Precisam, também, rever algumas dívidas para que nações mais vulneráveis não sejam prejudicadas. O que torna as metas climáticas mais ousadas, praticamente inviáveis.

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