Cruzeiro Novo recebe ação de combate à dengue
Possíveis criadouros do mosquito da dengue estão sendo caçados por agentes de Vigilância Ambiental em Saúde (Avas) que vão de moradia em moradia e orientam moradores e zeladores sobre como combater o Aedes aegypti. Nessa quinta-feira (19), a quadra 1307, no Cruzeiro Novo, passou por uma inspeção minuciosa. No alvo, vasos de plantas com pratinhos, bromélias, garrafas vazias, lixeiras, lonas, caixas d’água ou qualquer local, ou objeto que pudesse abrigar água parada.
“É fundamental que a população nos receba e faça a sua parte. A maioria dos focos estão dentro das casas. Por isso, prestar atenção aos detalhes pode fazer uma grande diferença nos casos de transmissão”, destacou o Avas Hugo Ayala, da Secretaria de Saúde (SES-DF).
A agente Edierte Alves concorda. Ela lembra que o período chuvoso aumenta os riscos de proliferação do inseto: “Na visita domiciliar, o objetivo é ressaltar pontos que a população já sabe, mas esquece. Nessa época, o mosquito se desenvolve muito mais rápido”.
O subsecretário de Vigilância à Saúde da SES-DF, Fabiano dos Anjos, destaca o intenso empenho da pasta contra a dengue. “É nesse contato direto com as comunidades que fortalecemos a prevenção. A pasta tem o compromisso de se antecipar e combater o mosquito”, garantiu.
Vasos de plantas com pratinhos, bromélias, garrafas vazias, lixeiras, lonas, caixas d’água ou objeto que possa abrigar água parada estão no alvo dos agentes
Larvicida
Caso os agentes detectem criadouros em uma das residências, o morador não recebe multa nem é censurado. Nessas situações, os profissionais da SES-DF realizam um tratamento específico com o larvicida Bacillus thuringiensis israelensis (BTi), seguro para humanos e animais domésticos. Quando aplicada na água, a substância é dissolvida e ingerida pelas larvas do mosquito. O inseticida interage com a parede intestinal das larvas e as rompe rapidamente. É esperada a morte dos insetos em até 24 horas após a aplicação do produto.
Zelador há nove anos, Pedro Ribeiro de Carvalho conta que dedica atenção redobrada quando o assunto é combater o mosquito da dengue. “Meu papel é manter tudo limpo. Não deixo poça de água, as escadas estão sempre limpas e as lixeiras secas e fechadas. A gente se preocupa com o bem-estar dos moradores e é meu local de trabalho. Nunca tive dengue e é um cuidado a mais para não ter”, relatou.
Também zelador de um dos blocos da quadra, Ivo Vitalino da Silva Neto teve dengue há mais de 10 anos e conta não ter esquecido o mal-estar causado pela doença. “Fiquei ruim, com muita dor. Não quero mais pegar. Tanto aqui como em casa mantenho tudo limpo, não deixo acumular água, plástico. A prioridade é atender os agentes e deixar que eles entrem e confirmem que estamos seguros”.
*Com informações da Agência Brasília