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Eleição dos EUA: Trump aborda religião e Kamala fala sobre empregos em estados decisivos

Os candidatos à presidência dos Estados Unidos Donald Trump e Kamala Harris participaram na segunda-feira (28) dos seus últimos dias de campanha eleitoral. Ambos estiveram em estados-pêndulo, regiões decisivas para o resultado das eleições dos EUA.

Trump visitou a Geórgia, onde participou de um evento religioso. Já Kamala foi para o Michigan, onde esteve na fábrica de semi-condutores Hemlock Semiconductor.

Milhões de americanos já votaram antes da eleição de 5 de novembro. As pesquisas em geral mostram um empate entre Trump e sua rival democrata, Kamala Harris.

Na Geórgia, onde se espera que a votação antecipada atinja até 70% dos votos, Trump saudou os eleitores religiosos durante um evento do Conselho Consultivo Nacional de Fé, na tradução livre.

 

“Eu acho que este é um país que precisa de religião”, disse Trump.

O ex-presidente enfrenta uma pressão sobre seu comício em Nova York no domingo (27), quando um comediante chamou Porto Rico de “ilha flutuante de lixo”, provocando uma reação negativa de celebridades latinas e críticas de políticos republicanos e democratas.

A campanha de Trump disse que a piada não refletia suas opiniões.

A Geórgia é um dos sete estados-pêndulo que devem desempenhar um papel decisivo em uma eleição que termina em oito dias.

Pesquisas nacionais, incluindo a pesquisa da Reuters/Ipsos e pesquisas em estados em transição mostram os dois candidatos em disputa próxima.

Kamala e Trump divergem em apoio à Ucrânia e à Otan, tarifas que poderiam desencadear guerras comerciais, direitos de aborto, impostos e princípios democráticos básicos.

Segundo o Laboratório de Eleições da Universidade da Flórida, cerca de 46 milhões de americanos já votaram.

O número inclui 2,8 milhões na Geórgia e 1,9 milhão em Michigan, onde a vice-presidente fez campanha eleitoral na segunda-feira.

O número fica atrás das aproximadamente 60 milhões de pessoas que votaram mais cedo, por volta desta mesma data em 2020, no auge da pandemia de Covid-19.

Kamala faz campanha em estado-pêndulo

Durante a viagem ao estado do Michigan, Kamala visitou a fábrica da Corning Inc, Hemlock Semiconductor, para conversar com os trabalhadores e falar sobre a importância de investir em empregos na manufatura.

A empresa recebeu recentemente um investimento preliminar de até US$ 325 milhões através do Chips and Science Act, programa do governo americano que incentiva a produção de semicondutores.

“Quando podemos encontrar uma maneira de ter parcerias significativas com o setor privado, com as indústrias, mas para fazer o tipo de trabalho que está acontecendo aqui, todos ganham”, disse a candidata.

Trump argumentou que sua administração da economia americana era mais forte do que a do presidente Joe Biden e Kamala, apesar das grandes perdas de emprego no final de seu mandato no início da pandemia em 2020.

Embora o mercado de trabalho dos EUA tenha sido forte sob a administração Biden-Harris e os mercados de ações tenham atingido níveis recordes, os preços persistentemente elevados têm martelado os consumidores.

Kamala tem emitido propostas de políticas para derrubar os preços e ajudar a aliviar a crise habitacional do país, uma abordagem que, segundo ela, contrasta com a do adversário republicano, quem ela disse estar focado em vingar-se de seus inimigos.

O que é o Colégio Eleitoral das eleições dos EUA?

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