Escrita criativa: pesquisadora explica que técnicas ajudam a trabalhar estética do texto
Por Lucas Maia, Manuela Mello e Sophia Santos
Agência de Notícias Ceub
O que faz de um texto atraente e sedutor capaz de fazer com que o leitor fique com os olhos vidrados e ansiosos para a próxima frase? Essa atenção diferenciada mobiliza escritores e jornalistas cada vez mais atentos às técnicas de escrita criativa.
Para a vice-presidente da Associação de Jornalistas e Escritoras do Brasil, no Distrito Federal, Meireluce Fernandes, o processo criativo é uma forma de expressão literária que busca, por meio das vivências, transmitir os sentimentos, as ideias e as narrativas de uma maneira original, que encante as pessoas.
O tema foi motivo de debate no Centro Universitário de Brasília, durante o Encuca (um dos principais eventos de divulgação científica do Centro-Oeste).
Leitura
A professora afirma que esse método pode ajudar na confecção de poemas, romances, narrativas e materiais jornalísticos. A pesquisadora ainda reforça que a leitura e a escrita frequentes são essenciais para desenvolver essa capacidade.
Além da atividade prática que foi feita no evento para trabalhar um pouco a criatividade, foram mostradas algumas dicas de como escrever de forma que chame a atenção do leitor.
Desta forma, ela defende explorar diferentes gêneros e estilos de escrita, como figuras de linguagem, metáforas e metonímias auxilia para novas ideias e perspectivas.
Numa era da inteligência artificial, a pesquisadora cita que a prática constante da escrita ajuda na originalidade, a melhorar a qualidade do seu texto, então evitar, copiar e colar textos é essencial.
Porém, ela não rejeita o uso da ferramenta, pois acha que pode ser usada para pesquisar, ler e depois tirar seus próprios conceitos.
‘‘Eu não sei se a inteligência artificial é criativa, mas eu acho que ela pode ajudar com as pesquisas’’, diz.
A pesquisadora, durante a década de 90, foi premiada pela American Society for Information Science (ASIS), por conta de seu livro de pesquisa, o que o tornou o melhor trabalho escrito por um estudante de ciência da informação na época.
A escritora ressalta que para essa pesquisa inédita, foi necessário o uso da criatividade.
‘‘Se a gente não vê a beleza, o mundo fica muito duro, não é mesmo?’’, informa.
Supervisão de Luiz Cláudio Ferreira