EUA registra 1° caso de nova cepa da mpox. Saiba sintomas da doença
Após o registro do primeiro caso da cepa Clado 1b da mpox nos Estados Unidos, a possibilidade de disseminação da doença voltou a preocupar as autoridades de saúde.
A variante Clado 1b é considerada mais grave e foi identificada pela primeira vez na República Democrática do Congo, no continente africano.
De acordo com o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), o paciente norte-americano viajou recentemente à África. Ele se encontra em isolamento domiciliar e não há risco de transmissão para o público geral, mas os contatos próximos estão sendo monitorados.
Casos anteriores na Europa e na Ásia
A variante Clado 1b foi detectada inicialmente na República Democrática do Congo e se espalhou para países vizinhos. Na Europa e na Ásia, casos isolados já haviam sido registrados, como na Suécia, na Alemanha e na Tailândia, envolvendo pacientes com histórico de viagens à África.
Em outubro, o Reino Unido relatou o primeiro caso da nova variante, diagnosticado em um homem de Londres que havia visitado países africanos.
Posteriormente, outros três casos foram confirmados na mesma residência, totalizando quatro infecções no país. O episódio representou a primeira transmissão local da nova variante fora do continente africano, onde a mpox segue se espalhando e causando nuitas mortes, especialmente na República Democrática do Congo (RDC).
Sintomas da mpox
Anteriormente conhecida como varíola dos macacos, a mpox é causada por um vírus do gênero Orthopoxvirus e pode ser transmitida de animais para humanos ou por contato próximo entre pessoas infectadas. A mudança no nome foi oficializada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em 2022.
Os sintomas da mpox incluem febre, dor de cabeça, dores musculares e nas costas. Após cerca de três dias, surgem inchaço nos linfonodos (ínguas) e erupções cutâneas em forma de bolhas. As lesões geralmente são levemente elevadas, semelhantes às da acne, e preenchidas com líquido. Elas tendem a surgir principalmente no rosto, nas mãos, nos pés e na região genital.
“Essas lesões aparecem em estágios uniformes, o que as diferencia de outras doenças. Na catapora, por exemplo, há lesões muito recentes convivendo com outras em crostas, quase cicatrizadas. Na mpox, elas evoluem em conjunto, em semelhança clínica com a varíola”, explicou o infectologista e patologista clínico Celso Granato, representante da Sociedade Brasileira de Patologia Clínica e Medicina Laboratorial (SBPC/ML), em entrevista anterior ao Metrópoles.
Durante a evolução da doença, essas bolhas evoluem para crostas que secam e caem naturalmente. No entanto, se rompidas antes de secarem, o líquido liberado aumenta o risco de contágio.
“Não é recomendado que o paciente estoure as bolhas, o melhor é evitar tocar as lesões e lavar as mãos várias vezes ao dia. Caso seja necessária alguma intervenção em uma das feridas, ela deve ser realizada por um profissional de saúde. As crostas, na maioria dos casos, secam e caem espontaneamente”, explicou a infectologista Joana Darc Gonçalves da Silva, de Brasília, em entrevista anterior ao Metrópoles.
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