Filhotes de pets: carregá-los no colo por muito tempo faz mal?
Concentrando toda a “fofura do mundo”, é difícil cuidar de um filhote de pet sem querer carregá-los, abraçá-los e acariciá-los. Enquanto alguns experts acreditam que não faz mal carregar os pequenos para todo lado, outros advertem contra o hábito. Segundo especialistas, o excesso de “mimo” com os filhotes de animais de estimação é contraindicado.
Os “rumores” de que o excesso de colo causa dependência emocional nos cães e gatos são verdadeiros. A dependência emocional, porém, não é o único malefício do hábito. Segundo a veterinária Audrey Vaccari, nos primeiros 30 dias de vida, os filhotes estão excessivamente frágeis e em fase inicial do desenvolvimento da imunidade.
Além disso, esse é o momento em que eles aprendem comportamentos e socialização com a mãe e os irmãos de ninhada, “o que faz manipulações excessivas por parte dos tutores serem contra indicadas”, descreve Vaccari, que atua na Uninassau de Aracaju.
Já a partir dos 45 a 60 dias de vida, eles estão livres para as trocas afetivas. Ainda assim, o excesso de colo precisa ser equilibrado. Vaccari alerta que os animais de estimação precisam desenvolver segurança e independência afetiva.
A aproximação exacerbada com o tutor pode causar ansiedade de separação nos pets, o que, por sua vez, pode gerar comportamentos autodestrutivos, a exemplo da dermatite por lambedura e imunossupressão por estresse (redução da atividade do sistema imunológico).
Permite que seu pet seja independente emocionalmente
Promover a independência emocional do pet é muito importante. De acordo com veterinária Lilian Piéri, deixar o pet ter os próprios hábitos naturais é essencial.
Os gatos precisam desenvolver a exploração de uma ambiente enriquecido com caixas, prateleiras e brinquedos. Os cães, por sua vez, precisam correr, explorar e interagir.
“Se ficarem muito no colo, todo o organismo tende a ficar ‘preguiçoso’, acarretando em obesidade e em outras condições, como alterações articulares”, encerra Piéri.