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Foguete da SpaceX está liberado para voar; duas missões importantes se aproximam

O foguete mais lançado mais vezes no mundo — o Falcon 9, da SpaceXestá liberado para voar novamente, de acordo com o anúncio de reguladores federais feito na sexta-feira (30) à noite.

A liberação coloca o veículo de volta ao páreo para duas missões espaciais tripuladas de alto nível da SpaceX: a Polaris Dawn e a Crew-9.

A Administração Federal de Aviação dos EUA (FAA), que licencia lançamentos comerciais de foguetes, aterrou o foguete da SpaceX em 28 de agosto, depois que parte de um propulsor de foguete Falcon 9 explodiu durante a tentativa de pouso. Apenas dois dias depois, a agência liberou o foguete para retornar ao voo.

“O veículo da SpaceX Falcon 9 pode retornar às operações de voo enquanto a investigação geral da anomalia durante a missão (de quarta-feira) permanece aberta, desde que todos os outros requisitos de licença sejam atendidos”, disse a agência em uma declaração por e-mail. “A SpaceX fez a solicitação de retorno ao voo em 29 de agosto e a FAA deu aprovação em 30 de agosto.”

A liberação do Falcon 9 acontece no momento em que a SpaceX tem duas missões cruciais em seu horizonte. A empresa está programada para lançar uma missão chamada Polaris Dawn, que levará uma tripulação de viajantes espaciais civis em uma jornada ambiciosa para tentar a primeira caminhada espacial comercial.

O lançamento da Polaris Dawn já foi adiado indefinidamente devido a um problema nos sistemas de solo e previsões de mau tempo.

Já no final de setembro, a SpaceX deve lançar dois astronautas da Nasa para a Estação Espacial Internacional na Crew-9, uma missão que também visa trazer de volta a tripulação de teste da Starliner, da Boeing, após meses “presos” no espaço depois que a nave apresentou defeitos.

Os astronautas da Nasa Suni Williams e Butch Wilmore estão no limbo no laboratório orbital desde o voo da Starliner, da Boeing, no início de junho.

Falhas raras do Falcon 9

Tentativas fracassadas de pouso do propulsor Falcon 9 — como a que ocorreu na quarta-feira (28) — não afetam o sucesso geral de uma missão da SpaceX. A empresa realiza a manobra de retorno dos propulsores apenas com o intuito de reformar e reutilizá-los, uma prática que reduz o custo de cada voo, de acordo com a SpaceX.

Cerca de uma década atrás, a SpaceX apresentava falhas no momento de pousar seus propulsores após o voo rotineiramente. A empresa até compartilhou um vídeo com um compilado das explosões em 2017.

Nos últimos anos, no entanto, os propulsores do Falcon 9 costumam encontrar seu lugar e retornar à Terra sem problemas.

O propulsor de primeiro estágio da Falcon 9 que explodiu em 28 de agosto foi reformado e voou 22 vezes antes de cair. A missão que ele lançou no dia do acidente, no entanto, foi bem-sucedida, colocando um lote de satélites Starlink de transmissão de internet em órbita.

Mas essa explosão marcou a segunda vez em dois meses que uma anomalia levou a FAA a abrir uma investigação sobre o Falcon 9, que também tem um histórico de centenas de voos que ocorreram sem problemas.

Em julho, no entanto, enquanto o Falcon 9 colocava outro conjunto de satélites Starlink em órbita, o estágio superior do foguete — que é diferente do propulsor inferior — falhou abruptamente no meio do voo.

Neste caso, os satélites não entraram na órbita pretendida e a missão geral foi um fracasso.

A SpaceX revelou mais tarde que um vazamento de oxigênio ocorreu enquanto o segundo estágio do foguete estava em voo. Oxigênio líquido, ou LOX, é comumente usado como oxidante ou combustível para foguetes.

O vazamento levou ao que o CEO da SpaceX, Elon Musk, descreveu como uma “RUD” — ou, em protuguês, uma “desmontagem rápida não programada”, termo que a empresa normalmente usa para se referir a uma explosão.

Cerca de duas semanas após esta explosão, a FAA determinou que não havia “nenhum problema de segurança pública” envolvido e permitiu que o Falcon 9 da SpaceX retornasse ao trabalho.

No entanto, a investigação da FAA sobre este acidente de julho ainda está em andamento, disse a agência à CNN na sexta-feira (30). Essa revisão não está relacionada à investigação sobre o pouso fracassado do propulsor em 28 de agosto, o que significa que duas investigações sobre incidentes separados do Falcon 9 estão em andamento.

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