França sediará cúpula europeia sobre Ucrânia na segunda-feira, diz ministro
A França declarou neste domingo (16) que sediaria uma cúpula de líderes europeus na segunda-feira (17) para discutir a guerra na Ucrânia e a segurança europeia enquanto o continente se esforça para responder à abordagem unilateral do presidente dos EUA, Donald Trump, ao conflito.
O enviado de Trump à Ucrânia, Keith Kellogg, afirmou no sábado (15) que a Europa não teria “um assento à mesa” para as negociações de paz na Ucrânia depois que Washington enviou um questionário às capitais europeias para perguntar o que elas poderiam contribuir para as garantias de segurança para Kiev.
“(Macron) reunirá os principais países europeus para discutir a segurança europeia”, disse o Ministro das Relações Exteriores, Jean-Noel Barrot, à rádio France Inter, acrescentando que a reunião seria uma sessão de trabalho que não deveria ser “exageradamente dramatizada”.
Dezenas de cúpulas semelhantes mostraram que a Europa está hesitante, às vezes desunida e politicamente fraca, lutando para elaborar um plano coeso para acabar com a guerra na Ucrânia e lidar com a Rússia, três anos após a invasão de Moscou ao país vizinho.
A presidência francesa não anunciou a reunião, embora convites tenham sido enviados para a cúpula que ocorrerá na tarde de segunda-feira, relataram diplomatas.
Seis diplomatas europeus contaram que os convites foram enviados pelo menos para a Grã-Bretanha, Alemanha, Polônia, Itália, Dinamarca, que representariam os países bálticos e escandinavos, a liderança da União Europeia e o Secretário-Geral da Otan.
Eles ressaltaram que a reunião tinha como objetivo ver que ajuda imediata pode ser dada à Ucrânia, qual papel concreto a Europa pode desempenhar no fornecimento de garantias de segurança para Kiev, bem como fortalecer a segurança coletiva do continente.
Não estava claro se algo concreto sairia disso, finalizaram.