Saúde

Gêmeos de 11 anos são diagnosticados com o mesmo câncer

A leucemia linfoblástica aguda, uma forma rara e agressiva de tumor no sangue, é o câncer pediátrico mais comum. Em 2019, Alec foi diagnosticado com a doença e, quatro anos depois, quando já estava em remissão, o irmão gêmeo, Aden, recebeu o mesmo diagnóstico.

O primeiro sinal de que a saúde de Alec, que mora com a família nos Estados Unidos, poderia estar comprometida surgiu de forma repentina em outubro de 2019, após ele contrair o que se acreditava ser uma infecção por estreptococo do tipo A.

“Uma semana depois ele parecia piorar, e não conseguia respirar. Quando estava saindo para o trabalho ele disse ‘Mãe, estou com muita dor’. Apenas olhei para ele e soube que algo estava errado”, contou a mãe dos garotos, Rhea Scott, em entrevista ao Daily Mail.

Os exames de sangue e a tomografia revelaram uma enorme massa crescendo no peito de Alec, pressionando a traqueia dele. Além disso, a contagem de glóbulos brancos, que normalmente é em torno de 15.000, estava em 500.000.

Em casos de leucemia, células cancerígenas podem se acumular ao redor do timo, uma glândula localizada no pescoço, causando dificuldades respiratórias. Essas células também podem se concentrar nos gânglios linfáticos do tórax, comprimindo a traqueia, o que provoca tosse e chiado.

“O diagnóstico dele deu início a um longo processo de dois anos e meio, em que ele passou por tratamentos de quimioterapia horríveis e ficou muito doente”, relembra a mãe.

Gêmeo enfrenta forma ainda mais agressiva do câncer

A leucemia linfoblástica aguda de células T ocorre quando os glóbulos brancos começam a crescer descontroladamente dentro da medula óssea.

À medida que os glóbulos brancos se multiplicam rapidamente, eles podem obstruir vasos sanguíneos e órgãos vitais, o que gradualmente impede o funcionamento do corpo.

Rhea questionou os médicos se Aden poderia ter maior predisposição para desenvolver a doença. A resposta foi que, embora possível, seria extremamente improvável.

No entanto, em 2023, Aden sofreu uma lesão na cabeça durante um treino de futebol, resultando em dores de cabeça intensas e náuseas — sinais típicos de dano cerebral. Mas, em apenas uma semana, os gânglios linfáticos dele incharam até o tamanho de bolas de golfe, fazendo Rhea temer o pior e levá-lo às pressas para o hospital.

Após a realização dos exames, Rhea e Aden foram encaminhados para uma sala reservada no hospital, onde receberam a notícia. “Fiquei morrendo de medo. Quando disseram que o médico viria falar comigo comecei a chorar. Eu sabia e disse: ‘Não posso passar por essa merda de novo. Você não sabe o que passei nos últimos dois anos’”, desabafou.

“A melhor coisa de sermos gêmeos é que sempre apoiamos um ao outro”, diz Alec, de 11 anos. Na foto, Alec (esquerda) e Aden (direita).

Aden enfrentou uma forma ainda mais agressiva da mesma doença, lidando com complicações como pancreatite e hemorragias cerebrais. A leucemia também atingiu o fígado e o baço do menino.

“Alec passou pela quimioterapia aos sete anos, enquanto Aden tinha 10. O tratamento de Alec foi bem mais fácil comparado ao de Aden”, diz Rhea. “Acho que quando as crianças são mais novas e não têm consciência da morte, elas pensam: “Estou apenas doente”. No caso de Aden, ele está ciente, e foi isso que tornou tudo mais difícil para mim e para ele, além de ter visto o que o irmão passou. Reviver isso foi assustador para todos nós”.

Para Aden, que enfrentará mais dois anos de quimioterapia, o apoio do irmão gêmeo é crucial. “Meu primeiro pensamento quando recebi o diagnóstico foi: ‘Vou ficar bem’. Ao ver Alec sobreviver, sei que também vou ficar bem”, disse Aden.

Siga a editoria de Saúde no Instagram e fique por dentro de tudo sobre o assunto!

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Enable Notifications OK No thanks