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Justiça anula condenação da Comissão de Ética contra Fabio Wajngarten

A Justiça Federal do Distrito Federal anulou um processo da Comissão de Ética Pública da Presidência da República contra Fabio Wajngarten, ex-secretário de Comunicação Social do governo Jair Bolsonaro (PL). Ele era acusado de infração ética por supostamente utilizar recursos públicos para pagar a passagem aérea da esposa dele.

Em 2019, ela viajou de São Paulo para Brasília com as despesas custeadas pelo governo. Wajngarten afirmou que a viagem ocorreu a convite do programa Pátria Voluntária, vinculado ao Ministério da Cidadania, para que ela trabalhasse em uma campanha publicitária de enfrentamento à violência contra a mulher.

A Comissão de Ética da Presidência da República analisou o caso e aplicou, a Fabio Wajngarten, uma “censura ética”, sanção destinada a servidores públicos que cometem infrações morais.

Ela é registrada no assentamento funcional (arquivo) do servidor. Considerada de menor gravidade, a censura ética é aplicada em casos de infrações menos graves.

De acordo com a defesa de Wajngarten, o caso foi julgado sem que os advogados e ele próprio tivessem sido comunicados.

Segundo os advogados, o assessor ficou sabendo da decisão por meio da imprensa.

A Comissão de Ética da Presidência da República argumentou que o prazo para a contestação havia expirado e que o processo de apuração ética foi conduzido de forma legítima, sem qualquer irregularidade que justificasse a anulação.

No entanto, o juiz Paulo Ricardo Souza Cruz, da 5ª Vara Federal de Brasília, entendeu que Wajngarten foi julgado e condenado sem ter sido formalmente intimado ou notificado sobre o julgamento, o que comprometeu o direito à ampla defesa. Por este motivo, decidiu anular o processo.

“Concedo parcialmente a segurança, para determinar que o processo seja anulado desde a ausência de intimação do impetrante, para apresentação de alegações finais”, afirma a decisão.

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