Líderes da Câmara retornam a Brasília na segunda quinzena de janeiro
Os líderes da Câmara dos Deputados devem retornar a Brasília na segunda quinzena de janeiro para discutir os últimos detalhes da eleição para Mesa Diretora da Casa Legislativa. O recesso parlamentar começou em 23 de dezembro e está previsto para encerrar em 1º de fevereiro.
Entenda
- O pleito ocorrerá no dia 1º de fevereiro e definirá o sucessor de Arthur Lira (PP-AL), além dos outros cargos da Mesa.
- Hugo Motta (Republicanos-PB) é o favorito, mas o vice-líder do governo Pastor Henrique Vieira (PSol-RJ) também está na disputa.
- Hugo Motta prometeu cargos estratégicos na Mesa para conquistar apoio.
A Câmara dos Deputados marcou para 1º de fevereiro – um sábado – a eleição para escolha do parlamentar que irá substituir Arthur Lira (PP-AL) no comando na Casa Legislativa. O líder do Republicanos, Hugo Motta (PB), desponta como principal candidato e deve disputar a cadeira do político alagoano contra o vice-líder do governo Pastor Henrique Vieira (PSol-RJ).
Além do presidente, os deputados irão escolher 1º e 2º vice-presidentes e os quatro secretários da Mesa Diretora.
O Metrópoles conversou com líderes partidários que indicaram que irão retornar à capital federal na segunda quinzena de janeiro para discutir a eleição da Mesa Diretora e tratar a respeito do pleito para presidência das comissões temáticas da Câmara dos Deputados.
Para conseguir um número maior de apoio para se cacifar como novo presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta fez promessas às diferentes bancadas partidárias: do PT, de Luiz Inácio Lula da Silva, ao PL, de Jair Bolsonaro.
Para o PT, Motta separou um lugar na mesa, no caso, seria a 1ª secretaria. Já o PL, maior bancada da Câmara, ficaria com a vice-presidência da Câmara.
O líder do Republicanos também tenta acomodar os outros partidos que indicaram apoio. A expectativa é de que o PP, de Lira, fique com a 2ª vice-presidência, enquanto o MDB assuma a 2ª secretaria.
Um dos últimos partidos a declarar apoio à candidatura de Hugo Motta, o PSD defende que o líder do Republicanos respeite a proporcionalidade do número dos deputados de cada partido.
Dessa forma, a sigla de Gilberto Kassab espera ficar com a 3º ou a 4º secretaria.
Assim como o PSD, o União Brasil foi um dos últimos a declarar apoio a Hugo Motta. O partido lutava pela manutenção do líder da legenda, Elmar Nascimento (BA), o que não ocorreu em decorrência da pressão política.
Apesar da demora para abandonar a corrida eleitoral, a previsão é de que o União Brasil comande a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) a partir de 2025 e depois passe o bastão para o MDB.
Também se tratando de comissão, o PSD deve presidir a partir de 2025 as comissões de Minas e Energia e Turismo.