Política

Marina cita “terrorismo climático” e diz que país está em “risco”

A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, afirmou nesta terça-feira (17/9) que a combinação entre a seca severa e incêndios que atingem diversos estados provoca uma “situação de risco em todo o território nacional”. O governo federal prepara um pacote de ações para combater as queimadas.

“Nós estamos diante de uma situação, só para você ter uma ideia, de uma área de quase 5 milhões de km², com matéria orgânica muito seca, em processo de combustão muito fácil em função da baixa umidade, da alta temperatura e da velocidade dos ventos. É como se tivéssemos uma situação de risco em todo o território nacional”, disse Marina durante entrevista ao programa Bom Dia, Ministra, da EBC.

A ministra defendeu uma ação coordenada entre governo federal, estados e municípios para conter a crise climática. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se reúne nesta terça-feira com os chefes do Três Poderes para debater medidas em resposta aos incêndios. Também está previsto um encontro com governadores ainda nesta semana.

“É preciso que haja uma ação coordenada o mais rápido possível e estamos trabalhando nessa direção. As medidas têm sido suficientes? Ainda não têm sido suficientes. Mas elas estão sendo ajustadas o tempo todo”, reforçou a ministra.

“Terrorismo climático”

Ainda durante a entrevista, Marina Silva destacou que o problema da seca não atinge só o território brasileiro, mas diversos países. A diferença, segundo ela, é que no Brasil há um “terrorismo climático”, que impulsiona a alta nas queimadas.

“Essa seca está acontecendo em vários lugares do mundo, na Bolívia, no Peru, no Paraguai e em outras partes do mundo também temos incêndios. A diferença é que aqui no Brasil tem essa aliança criminosa de uma espécie de terrorismo climático onde as pessoas estão usando a mudança do clima para agravar mais ainda o problema”, disse.

A titular do Meio Ambiente reforçou que o uso do fogo está proibido em todo o país em função da seca e defendeu penas mais duras para quem comete esse tipo de infração.

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