Morreu, nessa quarta-feira (11/12), o pit-bull Sansão, cachorro que inspirou a lei contra maus-tratos a animais de estimação, sancionada em 2020. O cão faleceu de forma súbita durante um passeio, acompanhado pela mãe do tutor.
A causa da morte ainda não foi identificada, entretanto, na página oficial do animal no Instagram, os tutores esclareceram que, nos últimos meses, o pit-bull enfrentava problemas de saúde.
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Sansão tinha 6 anos e sempre esteve cercado dos cuidados de uma equipe médica veterinária capacitada, que acompanhou o animal de estimação desde que ele perdeu ambas as patas traseiras.
“A vida de Sansão nunca será esquecida. Ele não apenas superou momentos de dor e adversidade, mas também inspirou mudanças importantes no Brasil. Por meio de sua história, nasceu a Lei Sansão, um marco na luta contra os maus-tratos a animais, que seguirá protegendo muitas vidas por gerações”, declarou o tutor Nathan Braga.
O pet andava com o apoio de uma cadeira de rodas
Relembre o caso
Em 6 de julho de 2020, na época com 2 anos, o pit-bull foi vítima de um crime em Confins, Região Metropolitana de Belo Horizonte (MG). Depois de fugir da casa onde morava, o cão teria se envolvido em uma briga com outro animal.
Por vingança, o tutor do cachorro envolvido na briga com Sansão capturou o pit-bull e decepou suas patas traseiras com uma foice, além de amordaçar o pet com arame farpado.
O caso causou comoção nas redes sociais. Os internautas que estavam acompanhando os desdobramentos, inclusive, se mobilizaram para doar o dinheiro necessário para os cuidados e o tratamento do cachorro.
“O Sansão nunca foi estimulado a ter comportamentos agressivos, nem condicionado a ter comportamentos protetores e defensores. Muito pelo contrário, sempre o estimulamos a ser dócil e amigável”, descreveram os tutores do pet na época.
O crime mobilizou políticos que sugeriram alterações na Lei dos Crimes Ambientais, que anteriormente punia os crimes contra animais de estimação com 3 meses a 1 ano de detenção. Meses depois, foi sancionada a Lei Sansão (14.064/2020), que aumenta as punições para quem maltrata cães e gatos. A pena, desde então, pode variar entre 2 a 5 anos de prisão.
