Política

Nunes diz que Boulos é extremista e radical; psolista reforça suspeitas de corrupção


SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS)

Desde o início do debate, o prefeito Ricardo Nunes (MDB) tem chamado o adversário de extremista e radical. “Radicalismo e extremismo não vão permitir que ele chegue em lugar algum”, disse Nunes.

Esta é uma postura que o prefeito tem adotado desde o último debate, a fim de explorar a rejeição do deputado do PSOL, que chegou a 55% no último Datafolha. Ao ativar o sentimento antiesquerda, Nunes busca também atrair os eleitores de Marçal, que recebeu 28,14% dos votos no primeiro turno.

Na TV Globo, Boulos tem insistido nas suspeitas de corrupção, como o caso da máfia das creches, e também rebateu a provocação em relação à acusação de extremismo. “Extremismo é você que anda com Bolsonaro, que trabalhou contra vacina, que tentou golpe. Você que deu tiro em porta de boate, que bom que você se arrependeu, era jovem.”

Boulos cita o caso em que Nunes foi denunciado, aos 28 anos, por porte ilegal de arma após um disparo de pistola em Embu das Artes, na Grande São Paulo. O episódio aconteceu em uma madrugada de 1996 em uma casa de shows chamada Caipirão, no centro de Embu.

A acusação foi baseada no relato de um policial civil que trabalhava como segurança no salão, segundo documentos obtidos pela Folha. Ele disse ter visto Nunes dar um tiro com uma pistola Imbel calibre 380.

O prefeito afirma ter sido um disparo acidental sem consequência: “[Não] tem nada que eu dei tiro, isso é uma conversa. Eu fui separar uma briga. Eu não podia ver aquela situação e deixar alguma coisa acontecer”, disse Nunes no debate, reclamando quando Boulos afirmou que ele foi preso na ocasião.

Segundo os relatos oficiais, Nunes foi conduzido à delegacia.


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