O que são pagers? Aparelhos foram usados para ataque no Líbano
Muito popular nos anos 1990, os pagers — também conhecidos como bipe — são dispositivos de comunicação, criados muito antes dos celulares se popularizarem. Nesta terça-feira (17), a explosão de alguns destes aparelhos no Líbano causaram a morte de, ao menos, nove pessoas e feriram cerca de 2,8 mil.
De acordo com o Massachusetts Institute of Technology (MIT), o pager telefônico foi uma invenção patenteada em 1949 por Alfred J. Gross, engenheiro considerado pioneiro na comunicação móvel sem fio.
Após criar rádios bidirecionais para uso pessoal, Al Gross descobriu que poderia adaptar os aparelhos para uma sinalização telefônica remota sem fio. Em outras palavras, ele construiu circuitos discriminadores em um receptor sem fio de bolso, que respondia seletivamente a sinais específicos.
Os primeiros modelos lançados eram capazes apenas de indicar para o destinatário o número de quem gostaria de se comunicar com ele. A partir disso, a pessoa deveria recorrer a um telefone — que na época ainda era fixo —, segundo explica o site do Discover Systems, uma das fabricantes de pagers.
Criados para caber no bolso, com o passar dos anos, a tecnologia evoluiu e ganhou telas maiores, capazes de exibir mensagens de texto. Dessa forma, evitava que o destinatário tenha que ligar para o remetente e descobrir o motivo do contato.
Mesmo com a popularização dos aparelhos móveis telefônicos, ainda hoje há pessoas que são adeptas ao pager. Médicos, restaurantes, equipes de logísticas, funcionários de fábricas e depósitos, todos aproveitam o método de mandar uma mensagem de forma imediata que não necessite de Wi-Fi ou rede telefônica.
Explosão de pagers no Líbano
Ao menos nove pessoas morreram e cerca de 2,8 mil ficaram feridas após explosões de pagers — um tipo de dispositivo de comunicação — no Líbano, segundo o Ministério da Saúde local. O Hezbollah confirmou a morte de alguns de seus integrantes e culpou Israel pelo caso.
Todos os aparelhos que explodiram eram novos e tinham sido comprados pelo Hezbollah nos últimos meses, disse uma fonte da área da segurança do Líbano à CNN.
Ainda não se sabe como as explosões foram feitas e as autoridades do Líbano estão investigando o ocorrido.
Israel disse que não vai comentar o caso.