Brasilia

Plantas aquáticas no Lago Paranoá não alteram a qualidade da água


Com as chuvas intensas no Distrito Federal, a proliferação de plantas aquáticas no Lago Paranoá tem aumentado. Segundo a Companhia de Saneamento Ambiental do DF (Caesb) esse fenômeno sempre acontece todos os anos nesta época. Quem passa pelo espelho d’água pode reparar que ele está coberto por bolsões de plantas aquáticas. A Caesb destaca que, ao contrário do que parece, essas plantas não ameaçam a qualidade da água do Paranoá para banho e uso para práticas de esporte.

De acordo com a Caesb, o maior cartão-postal de Brasília não está prejudicado pela presença dessas plantas aquáticas. Apesar de ser uma visão estranha, elas não indicam poluição e também não pode ser falado que o lago não apresenta condições de balneabilidade.

Segundo o engenheiro da Caesb, Antônio Luís Harada, durante o período de estiagem, bolsões dessas plantas ganham vida banhados pelo sol e sua luz brilhante. Quando chega o período chuvoso, aumenta o fluxo dos ribeirões que abastecem o Paranoá: Gama e Riacho Fundo. “Com o impacto, essas plantas podem se desprender e espalhar, formando grandes agrupamentos em alguns pontos do lago, como está ocorrendo agora”, ressalta Harada.

As espécies presentes no lago demonstram a boa qualidade das águas do Paranoá, já que segundo o presidente da instituição, Luís Antônio Reis, plantas do tipo só se proliferam em águas limpas. “As pequenas ilhas flutuantes que se espalham no lago, embora não proporcionem ao espelho d’água uma aparência agradável, não são prejudiciais ao banho nem ao uso do Paranoá como fonte de esporte e lazer da população. São apenas fenômenos naturais gerados pelo ciclo concentrado de chuvas no Distrito Federal”.

Reis destacou que a quantidade de chuva cresce muito nessa época chuvosa e com o material que vem principalmente do ribeirão Riacho Fundo, as plantas se multiplicam mais. Entretanto, isso não significa que a qualidade da água piorou. O presidente apontou que as espécies que estão nascendo no lago não são algas, mas sim macrófitas. Foram identificadas pela Caesb três espécies predominantes: o aguapé, o pistia – que também é conhecido como alface d’água – e a salvinia, conhecida como orelha de rato.

Manutenção das águas do Paranoá

A Caesb monitora permanentemente o lago e como afirmou Reis, a empresa segue fazendo o trabalho necessário para manter a maravilha que é o Lago Paranoá para a população de Brasília. “O Lago Paranoá não está com problema de balneabilidade, porque a qualidade da água do Paranoá é medida várias vezes ao dia e continua excelente”, informou o presidente.

O Laboratório da Caesb monitora o Paranoá por meio de amostras de água recolhidas semanalmente em 10 pontos de pesquisa, distribuídos em torno dos 48 quilômetros quadrados ao longo do lago. É feito um teste para medir o pH, incluindo o grau de acidez, neutralidade ou alcalinidade da água e outro exame para aferir a quantidade de coliformes fecais (bactéria Escherichia coli) e de algas.

Segundo a companhia, as águas das áreas próximas das Estações de Tratamento de Esgoto (ETEs) da Asa Norte e da Asa Sul, são permanentemente impróprias para banho ou uso esportivo. A proibição vale mesmo após serem tratadas.

A Caesb também é responsável pela remoção dos bolsões de plantas aquáticas, com o barco “Papaguapé”. Esta é uma embarcação especial, projetada para esse tipo de operação.Segundo o órgão, o “Papaguapé” está em manutenção no momento. A Companhia aguarda as peças de reposição fabricadas no exterior, para que em breve o barco possa voltar a operar.


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