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Primeiro-ministro de Assad concorda em entregar poder às forças rebeldes da Síria

O primeiro-ministro do regime de Bashar al-Assad concordou em entregar o poder às forças rebeldes na Síria, declarou Mohammad Ghazi al-Jalali para a Al Arabiya TV, segundo informações da Reuters.

O líder do grupo rebelde sírio Hayat Tahrir al-Sham (HTS) se reuniu com Mohammad Ghazi al-Jalali para discutir a transição de poder.

Um vídeo compartilhado por rebeldes mostra o líder do HTS, Abu Mohammad al-Jolani, e o primeiro-ministro do HTS, Mohammed al-Bashir, reunidos com Ghazi al-Jalali.

Os insurgentes disseram que oencotnro tinha como objetivo “coordenar a transição de poder de uma forma que garanta a prestação de serviços ao povo da Síria”.

A reunião em Damasco ocorreu depois de o premiê Mohammad Ghazi al-Jalali ter se comprometido a cooperar com os rebeldes e a apoiar “uma transição suave das funções governamentais” e a preservar “instalações estatais”, em uma mensagem gravada depois dos rebeldes terem tomado Damasco.

O novo primeiro-ministro, al-Bashir, foi premiê da área de Idlib, no norte da Síria.

No último final de semana, um vídeo de rebeldes escoltando o primeiro-ministro de Assad até um hotel em Damasco foi divulgado. Ghazi al-Jalali estava cercado por homens armados e entrando em uma SUV preta com outro homem.

Rebeldes sírios tomaram a capital Damasco e o presidente que foi deposto, Bashar al-Assad, fugiu para a Rússia, após 13 anos de guerra civil e mais de 50 anos de governo da família Assad.

Entenda o conflito na Síria

O regime da família Assad foi derrubado na Síria no dia 8 de dezembro, após 50 anos no poder, quando grupos rebeldes tomaram a capital Damasco.

O presidente Bashar al-Assad fugiu do país e está em Moscou após ter conseguido asilo, segundo uma fonte na Rússia.

A guerra civil da Síria começou durante a Primavera Árabe, em 2011, quando o regime de Bashar al-Assad reprimiu uma revolta pró-democracia.

O país mergulhou em um conflito em grande escala quando uma força rebelde foi formada, conhecida como Exército Sírio Livre, para combater as tropas do governo.

Além disso, o Estado Islâmico, um grupo terrorista, também conseguiu se firmar no país e chegou a controlar 70% do território sírio.

Os combates aumentaram à medida que outros atores regionais e potências mundiais — da Arábia Saudita, Irã, Estados Unidos à Rússia — se juntaram, intensificando a guerra no país para o que alguns observadores descreveram como uma “guerra por procuração”.

A Rússia se aliou ao governo de Bashar al-Assad para combater o Estado Islâmico e os rebeldes, enquanto os Estados Unidos lideraram uma coalizão internacional para repelir o grupo terrorista.

Após um acordo de cessar-fogo em 2020, o conflito permaneceu em grande parte “adormecido”, com confrontos pequenos entre os rebeldes e o regime de Assad.

Mais de 300 mil civis foram mortos em mais de uma década de guerra, de acordo com a ONU, e milhões de pessoas foram deslocadas pela região.

Saiba quem é o líder rebelde sírio e o grupo que derrubou Bashar al-Assad

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