Brasilia

Quatro pessoas foram presas por executarem um vigilante em Ceilândia


Sete meses após o brutal assassinato de Alexsandro Aires Carvalho, 42 anos, a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) desvendou o crime que ocorreu em abril deste ano em Ceilândia. Quatro pessoas foram presas, mas a polícia segue investigando o crime e procura o quinto individuo envolvido no assassinato. O foragido ainda não foi identificado e os investigadores pedem que quem souber alguma informação a respeito, possa entrar em contato através do Disque-Denúncia: 197. 

Segundo a PCDF, os presos pelo homicídio de Alexsandro são: a ex-companheira da vítima, Vitória Carla Nunes da Silva, 33 anos; o atual namorado desta, Ricardo Nunes da Costa, 29 anos; um amigo do casal, Weslei Rodrigues Botelho dos Santos, 31 anos; e o executor do crime, Silvio Chaves de Oliveira, 31 anos. Entretanto, Alexsandro teria sido levada até o local do assassinato por uma pessoa que ainda não foi encontrada pelos investigadores. 

Tanto a vítima, como Vitória, Ricardo e Weslei, atuavam como vigilantes de órgãos vinculados à Secretaria de Saúde do Distrito Federal. 

O delegado-chefe da 15ª Delegacia de Polícia, João Ataliba Neto, apontou que todos os envolvidos foram indiciados pelo crime de homicídio duplamente qualificado, com o aumento de pena por ter sido atingido vítima diversa pretendida. As prisões de todos os quatro já foram convertidas em prisões preventivas. Caso condenados, os investigados podem alcançar 45 anos de prisão. 

Ataliba Neto afirmou que a polícia está divulgando o nome dos acusados para que a investigação possa dar continuidade ao ser identificado o quinto suspeito. “Quem souber a identidade do comparsa de Silvio pode denunciar através do 197, para obtermos informações sobre o paradeiro da arma de fogo utilizada no crime”. 

De acordo com o que foi apurado pela PCDF, o crime aconteceu 50 dias depois que Alexsandro havia flagrado Vitória e Ricardo na residência dele. Suspeitando de uma traição, o vigilante foi para casa durante o plantão e encontrou os dois amantes juntos. Depois disso, Alexsandro saiu de casa e foi morar com os pais. 

Ainda de acordo com a polícia, Alexsandro ficou inconformado com a traição e passou a procurar Vitória e Ricardo no local de trabalho. “Fato que gerou preocupação para os demais funcionários e chegou aos ouvidos de seus superiores hierárquicos”, contou o delegado. 

O crime

Foi apurado pela investigação que Vitória convenceu Ricardo a matar a vítima. A ex-companheira de Alexsandro teria feito o amante acreditar que ele estava sendo perseguido e também estaria sendo ameaçado com uma arma de fogo. 

Ainda de acordo com a investigação, Vitória e Ricardo procuraram auxílio de Weslei para intermediar a contratação de Silvio para a execução da vítima. Weslei chegou a emprestar a motocicleta para que SIlvio pudesse cometer o crime. O dia da execução de Alexsandro foi meticulosamente escolhido pelo casal de amantes, porque iria coincidir com a volta de Vitória ao trabalho e o início das férias de Ricardo. 

13 disparos

No dia 15 de abril deste ano, com a ajuda de um comparsa ainda desconhecido pela polícia, Silvio foi até a QNM 10, Conjunto E, lote 1, em Ceilândia, na marcenaria onde Alexsandro estava trabalhando e utilizou uma pistola calibre 9mm para executar 13 disparos de uma arma de fogo contra o mesmo. Por erro na execução dos tiros, Silvio atingiu outro marceneiro que trabalhava no local. Este sofreu lesões no primeiro dedo de sua mão esquerda. 

De acordo com as investigações, três armas de fogo foram apreendidas, duas em posse de Ricardo e uma estava com Weslei. As armas utilizadas no crime pertenciam aos dois envolvidos e não foram as armas utilizadas no crime, pois esta ainda não foi localizada. 

As apurações apontam que nos momentos antes do crime, Vitória teria mandado várias mensagens para Alexsandro, pedindo para que eles reatassem o relacionamento. Entretanto, no mesmo horário, ela teria conversado com Ricardo por telefonema em duas oportunidades. 

Vitória e Ricardo teriam planejado se livrar da vítima e ficar com o seguro de vida do mesmo, que estava avaliado em R$70.000 (setenta mil reais). As investigações indicam que Weslei e Silvio participaram do homicídio com o objetivo de receberem alguma recompensa, como parte do valor que seria conquistado pela mandante, caso ela obtivesse a quantia decorrente da morte do ex.


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