Queimadas: Rui Costa defende governo após críticas de governadores
O ministro da Casal Civil, Rui Costa, defendeu o governo federal da crítica do governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União-GO), à atuação no combate às queimadas. O mal estar ocorreu após a reunião entre o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e os chefes dos executivos locais.
Caiado saiu insatisfeito da reunião realizada no Palácio do Planalto, nesta quinta-feira (19/9). A jornalistas, o governador afirmou que o governo federal não estava preparado para combater as queimadas que assolam o país e que “foi procrastinando” a execução de ações.
O governador ainda avaliou que o governo Lula agiu tarde no combate às queimadas, uma vez que as medidas teriam sido anunciadas em período próximo ao fim da estiagem. Ele ainda ironizou a ausência do presidente Lula na reunião.
Momentos depois, Rui Costa rebateu as declarações e afirmou que a insatisfação exposta à imprensa não tomou lugar durante a reunião. Ele ainda destacou que o governo tem tomado ações para conter os danos relacionados à seca e às queimadas há mais de três meses.
“Nós estamos há três meses fazendo reuniões com os estados. Alguns governadores não vieram para as reuniões anteriores […] Tem alguns [governadores] que não vieram nas outras, talvez por isso estejam estranhando e achando que é a primeira”, disse o ministro da Casal Civil.
A reunião, realizada na tarde desta quinta-feira (19/9), contou com a presença de nove governadores e dois vice-governadores. Ainda marcaram presença representantes dos ministérios da Justiça, Meio Ambiente, Integração e Desenvolvimento Regional e Relações Institucionais.
Queimadas pelo Brasil
No mesmo evento, a ministra do Meio Ambiente e Mudança Climática, Marina Silva, fez um panorama da situação do fogo no país. Segundo ela, os dados mais recentes indicam que, no momento, há 690 focos de fogo no Brasil. Foram extintos cerca de 290 incêndios e controlados outros 179.
A ministra ainda destacou que cerca de 106 incêndios não têm combate ou porque estão em área remota ou por dificuldade de acesso com os equipamentos que se tem. Marina também anunciou que o presidente Lula pediu que se estudasse, em caráter de urgência, a criação de um Conselho Nacional de Segurança Climática.