Recesso intenso: Congresso articula novo desenho de mesas diretoras

janeiro 20, 2025 Juliana

A Câmara dos Deputados e o Senado Federal irão escolher a nova composição das mesas diretoras das respectivas casas legislativas em 1º de fevereiro. Apesar disso, as articulações para escolha dos nomes que irão compor as cadeiras já tem se desenhado antes mesmo do fim do recesso parlamentar.

Entenda:

Deputados e senadores irão eleger os presidentes da Câmara e do Senado, além das demais cadeiras das mesas diretoras, em 1º de fevereiro.
Na Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB) é o principal nome para presidir a Casa para o próximo biênio (2025/2026).
No Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) deve ser reconduzido ao cargo.
O voto é secreto e, por isso, alguns deputados e senadores podem trair a indicação dos partidos.

Na Câmara, o líder do Republicanos, Hugo Motta (PB), é apontado como o principal nome para substituir o presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), com apoio de diferentes espectros políticos, desde o PT, de Luiz Inácio Lula da Silva, ao PL, de Jair Bolsonaro.

Dessa forma, Motta conta com o apoio de ao menos 18 partidos da Câmara, que juntos somam 495 deputados federais. Para se eleger como novo presidente da Casa, o líder do Republicanos precisa de 257 votos.

Assim como Motta, o senador Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) conseguiu construir uma candidatura para retornar à presidência do Senado Federal com o apoio dos maiores partidos da Casa.

Os partidos que apoiam Alcolumbre somam 69 senadores. Para se eleger como o novo presidente do Senado, o líder amapaense precisa de 41 votos. No entanto, vale pontuar, que o voto é secreto.

No mesmo dia em que os deputados e senadores irão escolher os novos presidentes da Câmara e do Senado, também serão eleitos os 1º e 2º vice-presidentes e os quatro secretários da Mesa Diretora das duas casas legislativas.

Câmara dos Deputados

Atualmente como líder do maior partido da Câmara, Altineu Côrtes (PL-RJ) deixará a liderança do PL, com 93 deputados, para assumir a 1ª vice-presidência da nova Mesa Diretora.

Já a 2ª vice-presidência deverá ser ocupada por Lula da Fonte (PP-PE), do mesmo partido do atual presidente da Câmara.

O PT, dono da segunda maior bancada, com 67 deputados, ocupará a 1ª secretaria com o deputado Carlos Veras (PT-PE).

Ao longo da articulação política para angariar apoio a Hugo Motta, os deputados pediram que o líder do Republicanos, caso eleito, respeitasse a proporcionalidade na composição da mesa.

Dessa forma, a expectativa é que o PSD, com 44 parlamentares, ocupe a 2ª ou a 3ª secretaria, mas o martelo ainda não foi batido sobre quem irá assumir a cadeira do partido na Mesa Diretora.

Confira como ficará a composição da Mesa:

Presidência: Hugo Motta (Republicanos-PB)
1ª vice-presidência: Altineu Côrtes (PL-RJ)
2ª vice-presidência: Lula da Fonte (PP-PE)
1ª Secretaria: Carlos Veras (PT-PE)
2ª Secretaria: PSD ou
3ª Secretaria: PSD ou
4ª Secretaria: não definido

Senado Federal

Na última eleição para Mesa Diretora, em meio à campanha de reeleição de Rodrigo Pacheco (PSD-MG) para presidência do Senado, o PL decidiu lançar a candidatura do senador Rogério Marinho (PL-RN) para tentar o comando da Casa. Apesar disso, a aposta não teve sucesso, e Pacheco foi reconduzido ao cargo com 49 votos.

Por não ter apoiado a candidatura de Pacheco, o PL ficou de fora da Mesa Diretora e também foi preterido para escolha dos novos presidentes das comissões temáticas do Senado.

Em função disso, o PL decidiu apoiar a candidatura de Davi Alcolumbre e deverá ficar com a 1ª vice-presidência, com o senador Eduardo Gomes (PL-TO).

O PT, com nove senadores, ficará com a 2ª vice-presidência, com Humberto Costa (PT-PE). Já o PSD, partido de Rodrigo Pacheco, ocupará a 1º secretaria com a senadora Daniela Ribeiro (PSD-PB).

No Senado, a indefinição está em quem ocupará a 2ª secretaria, reservada ao MDB. O Metrópoles apurou que dois senadores têm sido estudados para a cadeira, Marcelo Castro (PI) e Confúcio Moura (RO).

Confira o desenho da Mesa Diretora do Senado: