Brasilia

Sem previsão de chuvas, calor continua no DF


O Distrito Federal vive uma das suas piores secas com 143 dias seguidos sem chuvas, situação que resulta em um clima quente e de baixa umidade. Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), a capital federal ainda vai conviver com o calor e com a seca até o final de setembro. Atualmente, o DF está em alerta amarelo, que indica perigo potencial.

Para essa sexta-feira (13), o instituto prevê temperatura máxima de 30ºC, e mínima de 17ºC, com a presença de poucas nuvens no céu e névoa seca. A umidade continua baixa, em torno dos 15%, dependendo da localidade. Entre sábado (14) e domingo (15), a temperatura máxima fica entre 30ºC a 31ºC. Na segunda-feira (16), pode atingir 32ºC.

De acordo com o meteorologista Olívio Bahia, do Inmet, não haverá mudanças expressivas nesse padrão de clima nos próximos 7 dias. Ainda devido ao fenômeno da amplitude térmica – dias quentes e noites frias – as temperaturas mínimas para a próxima semana podem variar de 12º a 13ºC.

Ainda não há previsão de chuvas para o Distrito Federal, conforme contou o meteorologista ao Jornal de Brasília. A expectativa do Inmet é que somente a partir do dia 20 de setembro ocorra um aumento da quantidade de água na atmosfera, mas ainda não há uma data firmada para as precipitações.

“A chuva que começa a cair em setembro ainda não caiu. Talvez para o final de setembro, nos últimos 10 dias, comece a aumentar as chances de chuvas, mas não tem data específica. Só com o aumento da quantidade de água na atmosfera e a temperatura elevada é que pode ocorrer a formação de nuvens”, contou Olívio.

Guilherme Borges, estudante de 23 anos, morador do Cruzeiro Novo, contou que sente os efeitos da seca no seu dia-a-dia. “Sinto muita tontura, dores de cabeça e os olhos ardendo. Às vezes a garganta fica tão seca que me causa tosse. Com o calor intenso, também sinto indisposição para fazer as tarefas do dia”, explicou

Incêndios

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Incêndio na Floresta Nacional. Foto: Luis Nova / Especial para o Jornal de Brasília

Com esse cenário, o risco de incêndios continua alto e para evitar essas ocorrências é necessário que a população também se conscientize. É importante evitar fazer fogueiras, queimar lixo ou atear fogo em terrenos baldios. “Enquanto a chuva não chegar, o tempo vai continuar seco e a situação ainda será complicada”, explicou o meteorologista.

Segundo Olívio Bahia, nesta época do ano os ventos não conseguem transportar a umidade para a região Centro-Oeste, e é por isso que a estiagem atinge a capital federal. Além disso, boa parte da fumaça e da poluição presente na atmosfera veio de outros locais como da Amazônia, São Paulo, Minas Gerais e até mesmo de países vizinhos, como a Bolívia.

Fora os cuidados com o meio ambiente, também é preciso cuidar da saúde. “É preciso evitar fazer exercícios físicos entre 10h e 16h, passar protetor solar e beber bastante líquido. Nessa época, a pele, o nariz e a boca ficam secos. Em casa, colocar bacias com água pelos cômodos já dá uma aliviada, ou uma toalha molhada”, aconselhou Olívio.

De acordo com o Corpo de Bombeiros do Distrito Federal (CBMDF), só na quarta-feira (11) foram registradas 97 ocorrências de incêndios florestais no Distrito Federal, o que resultou em uma área queimada de 2.591.099 metros quadrados. Já nesta quinta-feira (12), houve incêndios no Park Way, no Núcleo Bandeirante, no Riacho Fundo e no Paranoá.

Também nesta quinta, os bombeiros atenderam a ocorrência de um incêndio florestal em uma área próxima ao Catetinho e também em uma vegetação próxima ao Regimento de Cavalaria de Guarda (RCG), controlado com o uso da aeronave Nimbus, do CBMDF. Moradores do DF alegaram ainda ter visto uma fumaça intensa próximo à subida do Colorado.


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