Saúde

Teste avalia risco de morte em pessoas com insuficiência cardíaca

O exercício físico, além de trazer benefícios à saúde, é uma ferramenta para revelar aos médicos quais são os limites da capacidade cardíaca do organismo. Para pessoas saudáveis, há uma série de referências sobre qual é o ponto ideal de esforço para não sobrecarregar o órgão, mas falta um consenso sobre o que é o ideal para pacientes com insuficiência cardíaca.

Um estudo publicado nesta sexta-feira (15/11) na Medicine & Science in Sports & Exercise descobriu como estabelecer um padrão para prever a saúde do coração de pessoas com o diagnóstico.

Cerca de 2% da população mundial tem insuficiência cardíaca (IC), condição que leva ao comprometimento das funções de bombeamento sanguíneo. Ela acomete, em geral, pessoas que já infartaram, tiveram graves reações inflamatórias ou têm pressão alta descontrolada.

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De acordo com a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), doenças cardiovasculares são algumas das principais causas de mortes no Brasil. Segundo a instituição, a maioria dos óbitos poderiam ser evitados ou postergados com cuidados preventivos e medidas terapêuticas

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Para a SBC, a prevenção e o tratamento adequado dos fatores de risco e das doenças do coração podem ser o suficientes para reverter quadros graves. Para isso, é necessário saber identificar os principais sintomas de problemas cardiovasculares e tratá-los, caso apresente algum deles

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Dentre as doenças cardiovasculares que mais fazem vítimas fatais, o Acidente Vascular Cerebral (AVC) se destaca. Ele é causado devido à presença de placas de gordura que entopem os vasos sanguíneos cerebrais. Entre os sintomas estão: dificuldade para falar, tontura, dificuldade para engolir, fraqueza de um lado do corpo, entre outros

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Imagem ilustrativa de pessoa com dor no peito

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A cardiomiopatia é outra grave doença que acomete o coração. A enfermidade, que deixa o músculo cardíaco inflamado e inchado, pode enfraquecer o coração a ponto de ser necessário realizar transplante. Entre os sintomas da doença estão: fraqueza frequente, inchaços e fadiga

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O infarto do miocárdio acontece quando o fluxo sanguíneo no músculo miocárdio é interrompido por longo período. A ausência do sangue na região pode causar sérios problemas e até a morte do tecido. Obesidade, cigarro, colesterol alto e tendência genética podem causar a doença. Entre os sintomas estão: dor no peito que dura 20 minutos, formigamento no braço, queimação no peito, etc.

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Uma das doenças do coração mais comuns, e grave é a insuficiência cardíaca. Ela é caracterizada pela incapacidade do coração de bombear o sangue para o organismo. A enfermidade provoca fadiga, dificuldade para respirar, fraqueza, etc. Entre as principais causas da enfermidade estão: infecções, diabetes, hábitos não saudáveis, etc.

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A doença arterial periférica, assim como a maioria das doenças do coração, é provocada pela formação de placas de gordura e outras substâncias nas artérias que levam o sangue para membros inferiores do corpo, como pés e pernas. Colesterol alto e tabagismo contribuem para o problema. Entre os sintomas estão: feridas que não cicatrizam, disfunção erétil e inchaços no corpo

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Causada por bactérias, fungos ou vírus de outras partes do corpo que migram para o coração e infeccionam o endocárdio, a endocardite é uma doença que pode causar calafrios, febre e fadigas. O tratamento da doença dependerá do quadro do paciente e, algumas vezes, a cirurgia pode ser indicada

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Causada devido à inflamação de outros músculos cárdicos, a miocardite pode causar enfraquecimento do coração, frequência cardíaca anormal e morte súbita. Dores no peito, falta de ar e batimentos cardíacos anormais são alguns dos principais sintomas

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Além dos sintomas comuns de cada uma das doenças cardiovasculares, cansaço excessivo sem motivo aparente, enjoo ou perda do apetite, dificuldade em respirar, inchaços, calafrio, tonturas, desmaio, taquicardia e tosse persistente podem ser sinais de problemas no coração

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Segundo a cartilha de Diretriz de Prevenção Cardiovascular da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), apesar de alguns casos específicos, é possível prevenir problemas no coração mantendo bons hábitos alimentares, praticando exercícios físicos e cuidando da mente

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Teste da insuficiência cardíaca

O estudo foi feito com 237 voluntários holandeses, todos com IC e uma média de idade de 66 anos. Eles tiveram exames de esforço acompanhados por cinco anos para prever qual seria o melhor critério para avaliar, durante os exercícios, o maior risco de morte e desfechos cardíacos graves, como o infarto. Durante o tempo do estudo, 55 indivíduos morreram.

O estudo revelou que, entre os vários testes feitos pelos participantes, a melhor referência era o uso do ponto ótimo cardiorrespiratório (POC). Os participantes com os piores índices no teste foram os que tiveram maior probabilidade de ter outros eventos adversos cardíacos durante o período do teste com mais de 90% de eficiência.

A metodologia POC foi criada pelo médico do esporte brasileiro Cláudio Gil Araújo, da Clinimex. “O POC reflete a menor quantidade de ar inalado para que o corpo consuma um litro de oxigênio. Quando pensamos no organismo como uma máquina, podemos compará-lo com um carro. O melhor custo-benefício vai ser aquele que usa o combustível de forma mais eficiente. Este número é o POC”, explica o especialista, que é coautor do estudo.

O POC é medido por médicos do exercício. Ele é alcançado geralmente ainda nos primeiros minutos durante um teste de esforço feito em esteira, por exemplo. Em atletas, o número fica próximo de 15 pontos, enquanto em pessoas com insuficiência cardíaca, pode chegar a 60 pontos. Quanto mais alta a pontuação, maior o risco.

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