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VEJA Mercado recebe ex-secretário de Comércio Exte…

VEJA Mercado | 24 de janeiro de 2025.

O presidente Lula e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, têm uma semelhança para lá de preocupante e perigosa em seus discursos: interferir politicamente nas decisões técnicas do Banco Central. Trump disse em fala em Davos que vai “exigir que o Federal Reserve reduza as taxas de juros porque os preços do petróleo caíram”. Tanto Lula quanto Trump insistem na velha estratégia política de terceirizar a responsabilidade e a culpa de seus fracassos. Tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos, o Banco Central é uma instituição técnica, autônoma e independente. O problema é que esse barulho faz preço no mercado. Os investidores passaram a calcular como maior a probabilidade de o Fed voltar a cortar os juros este ano depois das ameaças de Trump. Ganham os valentes e bravateadores, perdem as instituições.

No Brasil, o ministro Fernando Haddad tenta apagar um fogo amigo armado dentro do próprio governo. O ministro Rui Costa falou no início da semana em “intervir nos preços dos alimentos” e encontrar soluções junto ao agro e a redes de supermercados para a redução dos preços nas prateleiras. Especulou-se até em uma “modernização” nas regras de vencimento de alguns produtos. Haddad negou que o governo vai agir para mexer artificialmente nos preços dos alimentos, descartou usar recursos do Estado para o tema e disse que a “acomodação natural do dólar” vai ajudar a reduzir os preços e que as safras recordes previstas para o ano de 2025 também vão influenciar positivamente na oferta de alimentos no Brasil este ano.

Diego Gimenes entrevista Welber Barral, estrategista do Ouribank e ex-secretário de Comércio Exterior. O VEJA Mercado é transmitido de segunda a sexta, ao vivo no YouTube, Facebook, Twitter, LinkedIn e VEJA+, a partir das 10h.

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