Velhice canina: confira com qual idade o seu cão é considerado idoso
A linha do tempo canina é reduzida em uma proporção diferente dos seres humanos e, por isso, a velhice dos cães é mais acelerada do que os tutores gostariam. A vida adulta dos cachorros começa quando os pets têm menos de um ano de vida, enquanto a velhice pode variar dos 8 aos 10 anos de idade.
De acordo com o veterinário Pedro Ilha, a idade em que os cães alcançam a velhice varia de acordo com a raça dos pets. Cada uma delas têm características individuais, dentre as quais o crescimento. Outro fator determinante é o tamanho em que cada raça se encaixa.
Os cachorros de porte muito pequeno (cerca de 4 kg) e pequenos (5 a 10 kg), se tornam adultos a partir dos 10 meses, enquanto os de porte médio (11 a 25 kg) experienciam a vida adulta a partir de 1 ano.
“Os de grande porte (26 a 44 kg quando adulto) se tornam adultos a partir dos 15 meses. E os gigantes (45 kg para cima) se tornam adultos a partir dos 18/24 meses”, descreve Ilha.
Por isso, a velhice para cães de porte pequeno, médio e grande varia. De acordo com a professora de medicina veterinária do CEUB Fabiana Volkweis, considera-se um animal idoso nos últimos 25% da expectativa estimada de vida. Enquanto cães de raças maiores têm uma expectativa de vida menor, os cães menores tem uma maior.
Segundo os especialistas, essas são as idades de velhice para cada raça de cachorro:
- Pinscher: a partir de 12 anos de idade;
- Cocker spaniel, beagle ou schnauzer: de 8 a 10 anos;
- Golden retriever e labrador retriever: 6 a 9 anos;
- Pastor alemão: de 6 a 9 anos;
- Mastim e são bernardo: começam a envelhecer mais cedo, geralmente a partir dos 6 a 7 anos;
- Bulldog e border Collie: entram na fase de envelhecimento por volta dos 7 a 8 anos;
- Shih- tzu e poodle: velhice chega por volta dos 10 anos de idade;
- Bulldogue inglês e bulldog francês: a velhice chega por volta de 8 anos de idade;
- Spitz alemão: velhice chega aos 10 anos;
- Yorkshire e maltês: a partir de 12 anos de idade;
- Dogue alemão: de 6 a 7 anos.
Entretanto, a raça não é o único fator determinante para a longevidade e qualidade de vida durante os últimos anos do pet.
Os cuidados que o tutor teve com o pet durante a vida serão essenciais para que ele possa viver bem durante a velhice. A alimentação, o estímulo à exercícios físicos e hábitos de vida saudáveis auxiliam nesse processo.
De acordo com Raphael Grillo da Silva, professor do curso de medicina veterinária na Universidade Guarulhos (UNG), à medida que o cão envelhece, é natural que mudanças fisiológicas e comportamentais ocorram.
Alguns dos sinais mais comuns de envelhecimento incluem:
Diminuição da energia e do vigor
O cão pode se tornar menos ativo e preferir descansar mais.
Mudanças nos sentidos
A perda de audição e visão é frequente na velhice, com alguns cães ficando mais sensíveis aos sons ou à luz.
Problemas articulares
A artrite e a dificuldade de se locomover, especialmente após longos períodos de descanso, são comuns em cães mais velhos.
Mudanças no apetite
O apetite pode diminuir ou até aumentar, dependendo do estado de saúde, como em casos de doenças endócrinas, como o hipotireoidismo.
Alterações no comportamento
Os cães mais velhos podem se tornar mais ansiosos, agitados ou, por outro lado, mais calmos e reclusos.