Vulcão na Islândia entra em erupção pela décima vez em três anos
Um vulcão perto da capital da Islândia entrou em erupção nesta quarta-feira (20) pela décima vez em três anos, expelindo lava e fumaça, informou o escritório meteorológico do país.
A Islândia, com quase 400 mil habitantes, está localizada na falha geológica entre as placas tectônicas da Eurásia e da América do Norte, o que a torna um ponto crítico sísmico com gêiseres, fontes de água morna e dezenas de vulcões.
À medida que o magma se acumulava no subsolo, as autoridades alertaram sobre a iminente atividade vulcânica na península de Reykjanes, cerca de 30 km a sudoeste da capital Reykjavik. A erupção mais recente na região terminou em 6 de setembro.
Os surtos na península de Reykjanes, conhecidos como erupções de fissura, não afetaram diretamente a capital e não causam dispersão significativa de cinzas na estratosfera, evitando interrupções no tráfego aéreo.
Adormecidos por 800 anos, os sistemas geológicos na área foram reativados em 2021 e, desde então, entraram em erupção com frequência crescente.
A cidade pesqueira próxima de Grindavik, lar de quase 4 mil moradores antes de uma ordem de retirada em dezembro do ano passado, continua em grande parte deserta devido à ameaça periódica de fluxos de lava.
As autoridades islandesas ergueram barreiras para desviar os fluxos de rocha derretida para longe da cidade e de infraestruturas como uma estação de energia próxima e a Lagoa Azul, um spa com hotéis e grandes piscinas naturais.
Os cientistas alertaram que Reykjanes provavelmente experimentará repetidos surtos vulcânicos por décadas, possivelmente até séculos.
No entanto, não se espera que as erupções causem o nível de impacto visto quando o vulcão Eyjafjallajokull explodiu em 2010, espalhando nuvens de cinzas pela Europa e paralisando cerca de 100 mil voos globalmente.
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